USP divulga salários de professores e funcionários
Abertura dos dados vem após decisão do STF que pode levar ao corte de salários acima do teto do funcionalismo público.
Mariana Desidério
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 16h05.
São Paulo - A USP divulgou nesta segunda-feira (17) os salários de todos os seus servidores docentes e técnico-administrativos, sejam ativos ou aposentados. A lista com os vencimentos está no Portal Transparência do site da universidade.
A divulgação dos vencimentos dos funcionários vem após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode levar ao corte dos salários acima do teto do funcionalismo público.
No plano federal, o teto é o salário dos ministros do STF: R$ 29,4 mil. Nos Estados, o limite é o ganho dos governadores. Em São Paulo, o salário do governador Geraldo Alckmin é de R$ 20,6 mil.
A remuneração do próprio reitor da USP, Marco Antonio Zago, está acima deste teto -- ele recebe salário mensal de R$ 28.900,24, segundo os dados divulgados pela universidade.
Para Zago, a fixação do teto em R$ 20,6 mil vai reduzir a atratividade da universidade para professores. "Quando perceber que haverá limitação do teto, os jovens ficarão desestimulados a se dedicarem integralmente à USP", disse ao jornal Folha de S.Paulo.
As universidades federais, que têm o teto maior, podem ficar mais atrativas a esses profissionais, diz o reitor. Na USP, 45 servidores têm salário maior que o teto federal.
Crise
A divulgação dos salários acontece em meio a uma grave crise financeira na USP, que levou a reitoria a decidir não reajustar os salários neste ano. O motivo do reajuste zero foi o comprometimento do orçamento com a folha de pagamento, que chegou a 105%.
A medida foi alvo de críticas de professores e funcionários, que passaram quatro meses em greve – o maior período de paralisação em anos. A greve terminou após a reitoria oferecer reajuste de 5,2%.
A Comissão de Orçamento e Patrimônio da Universidade de São Paulo (COP-USP) prevê que, até 2018, não haverá aumento real para os salários de professores e funcionários. O reajuste deve ocorrer apenas de acordo com a inflação.
Mesmo sem aumentos previstos, o comprometimento do orçamento com folha de pagamentos deve ficar em torno de 90,3% em 2018.
O déficit da USP deve cair de R$ 1 bilhão em 2014 para R$ 115 milhões em 2018.
O levantamento faz parte do plano plurianual para o orçamento da USP e será votado no Conselho Universitário (CO) amanhã.
São Paulo - A USP divulgou nesta segunda-feira (17) os salários de todos os seus servidores docentes e técnico-administrativos, sejam ativos ou aposentados. A lista com os vencimentos está no Portal Transparência do site da universidade.
A divulgação dos vencimentos dos funcionários vem após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode levar ao corte dos salários acima do teto do funcionalismo público.
No plano federal, o teto é o salário dos ministros do STF: R$ 29,4 mil. Nos Estados, o limite é o ganho dos governadores. Em São Paulo, o salário do governador Geraldo Alckmin é de R$ 20,6 mil.
A remuneração do próprio reitor da USP, Marco Antonio Zago, está acima deste teto -- ele recebe salário mensal de R$ 28.900,24, segundo os dados divulgados pela universidade.
Para Zago, a fixação do teto em R$ 20,6 mil vai reduzir a atratividade da universidade para professores. "Quando perceber que haverá limitação do teto, os jovens ficarão desestimulados a se dedicarem integralmente à USP", disse ao jornal Folha de S.Paulo.
As universidades federais, que têm o teto maior, podem ficar mais atrativas a esses profissionais, diz o reitor. Na USP, 45 servidores têm salário maior que o teto federal.
Crise
A divulgação dos salários acontece em meio a uma grave crise financeira na USP, que levou a reitoria a decidir não reajustar os salários neste ano. O motivo do reajuste zero foi o comprometimento do orçamento com a folha de pagamento, que chegou a 105%.
A medida foi alvo de críticas de professores e funcionários, que passaram quatro meses em greve – o maior período de paralisação em anos. A greve terminou após a reitoria oferecer reajuste de 5,2%.
A Comissão de Orçamento e Patrimônio da Universidade de São Paulo (COP-USP) prevê que, até 2018, não haverá aumento real para os salários de professores e funcionários. O reajuste deve ocorrer apenas de acordo com a inflação.
Mesmo sem aumentos previstos, o comprometimento do orçamento com folha de pagamentos deve ficar em torno de 90,3% em 2018.
O déficit da USP deve cair de R$ 1 bilhão em 2014 para R$ 115 milhões em 2018.
O levantamento faz parte do plano plurianual para o orçamento da USP e será votado no Conselho Universitário (CO) amanhã.