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Um em cada cinco PMs e familiares em SP já teve covid-19

O número é resultado de uma testagem em massa que o governo de São Paulo fez com 70 mil profissionais de segurança

Método: O teste que o governo fez é do tipo rápido que mostra se a pessoa tem anticorpos da doença. (Pedro Vilela/Getty Images)

Método: O teste que o governo fez é do tipo rápido que mostra se a pessoa tem anticorpos da doença. (Pedro Vilela/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 4 de junho de 2020 às 14h38.

O projeto piloto do governo de São Paulo que testou em massa 70 mil policiais militares e familiares mostra que 20% deles já tiveram contato com o coronavírus.

O resultado preliminar foi divulgado pelo coordenador do Centro de Contingência no combate ao coronavírus em São Paulo e diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 4

"É o maior estudo sorológico feito no Brasil em termos de número. E esta população é a mais exposta, que entra em contato com várias pessoas todos os dias. A taxa de positividade, ou seja, de pessoas que foram expostas ao vírus e que já adquiriram imunidade, é em torno de 20%", disse ele.

O estado tem um total de 129.200 casos confirmados e 8.561 mortes por covid-19, segundo dados da Secretaria de Saúde divulgados nesta quinta.

O estudo é feito em três fases. Na primeira delas, foram testados profissionais de segurança e familiares. Na segunda, que já está em andamento, profissionais de saúde também passarão por testes.

"Nós estamos começando pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, com 12 mil funcionários. O HC de São Paulo também está iniciando um programa, com 20 mil funcionários", afirmou Dimas Covas.

Ele disse ainda que, entre hoje e amanhã, também serão testados moradores de 552 asilos em todo o estado e internos das unidades da Fundação Casa.

O teste utilizado nesta pesquisa é o chamado rápido, que atesta a existência de anticorpos, ou seja, indica que a pessoa não tem mais a doença mas teve contato com o coronavírus.

Caso o teste dê positivo e a pessoa tenha algum sintoma, aí é feito o teste RT-PCR, mais preciso, para identificar em qual fase está da doença para ver a necessidade de acompanhamento médico ou de internação.

Segundo Dimas Covas, a meta é realizar um milhão de testes rápidos. Atualmente o estado tem capacidade para realizar 8 mil testes diários do tipo RT-PCR.

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