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TRF2 determina prisão de Jorge Picciani e dois deputados

Desembargadores concordaram com a denúncia sobre o uso da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas

Picciani: Azulay disse que era "muito triste" saber que um dos acusados era presidente da Alerj por 6 mandatos (Valter Campanato/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 15h43.

Rio - A maioria dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) votou pela prisão preventiva imediata do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), o ex-presidente Paulo Melo (PMDB) e o líder de governo Edson Albertassi (PMDB). Os parlamentares são alvo da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato.

Votaram a favor o desembargador relator do processo, Abel Gomes, e os desembargadores Messod Azulay e Paulo Espírito Santo.

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Os três concordaram com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) sobre o uso da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Eles também decidiram pelo afastamento de suas funções e que a prisão dos parlamentares deve ir para o colegiado da assembleia e ser votada pelos deputados.

Durante o seu voto, Azulay disse que era "muito triste" saber que um dos acusados era presidente da Alerj já por seis mandatos.

"Há um acervo probatório muito vasto. É muito triste saber que um deles é presidente da Alerj já por seis mandatos e que esses mesmos três parlamentares, ao invés de trabalhar para os que os elegeram, trabalharam para setores como empresas de ônibus e para favorecimentos indevidos. É estranho que, quando a gente passava pelas ruas, via tantos ônibus vazios. Como sobreviviam, eu não conseguia entender e agora a gente acaba entendendo como tudo uma grande lavanderia de dinheiro", disse o desembargador.

Azulay afirmou também que os parlamentares "fabricaram legislações em favor de pouquíssimas pessoas à base de pagamento de vantagens indevidas".

"Não eram fatos isolados, era o padrão. O Rio de janeiro está sem paz e eu atribuo essa falta de paz a essas pessoas. O desequilíbrio fiscal se deve a essas pessoas. Essas pessoas precisam ser lamentavelmente afastadas do convívio da sociedade. Se tiver que submeter à Alerj que se submeta e a história que julgue", afirmou.

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