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"Teremos um estado opressor", diz Gleisi sobre governo com Guedes e Moro

A senadora e presidente do PT mantém discurso de que Lula foi preso "sem provas" em meio a um Judiciário politizado

Imagem de arquivo de Gleisi Hoffmann: senadora do PT critica ministério de Bolsonaro (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Imagem de arquivo de Gleisi Hoffmann: senadora do PT critica ministério de Bolsonaro (Patricia Monteiro/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 15h45.

Última atualização em 10 de dezembro de 2018 às 15h49.

São Paulo - A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, refez duras críticas ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba. Segundo Gleisi, Lula foi preso "sem provas" em meio a um Judiciário "de altíssimo grau de politização". "Isso é evidenciado pela nomeação de Moro para ministro da Justiça", disse, e emendou: "Sabemos que cargo de ministro é cargo político, não técnico. Ele aceitou isso e tenta dizer que é técnico", disse a senadora.

A fala foi feita durante a Conferência Internacional em Defesa da Democracia, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. O evento contou com a presença do presidente da FPA, Marcio Pochmann, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além de outras figuras políticas e representantes da esquerda internacional.

A senadora acrescentou que, com Moro à frente do Ministério da Justiça, "teremos um estado policial" no País. "E achamos que esse estado vai ser opressor a quem fizer oposição ao governo". Gleisi fez críticas também ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, chamado de "Chicago Boy" pela petista. "Teremos um estado opressor e a população submetida a um estado muito grave de proteção social", defendeu.

Na ocasião, a senadora destacou que a vitória de Jair Bolsonaro só foi possível pelo fato de Lula ter sido impedido de disputar o pleito. "Fernando Haddad fez campanha bonita, mas muito difícil, pois estávamos lutando contra uma fábrica de fake fews", disse a senadora.

Gleisi destacou que a campanha de Bolsonaro foi inspirada e coordenada por Steve Bannon, "homem do presidente americano Donald Trump". Marqueteiro, Bannon foi uma das principais cabeças responsáveis pela campanha vitoriosa de Trump na eleição norte americana.

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