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O que significa Tempus Veritatis: nome da operação da PF que mira Jair Bolsonaro e aliados

Segundo a PF, grupo se dividiu em núcleos para disseminar falsa notícia de fraude e invalidar vitória de Lula nas urnas

Segundo a PF, outro núcleo de ação investigado atuava na preparação para realizar um golpe de Estado, "com apoio de militares (YouTube/Reprodução)

Segundo a PF, outro núcleo de ação investigado atuava na preparação para realizar um golpe de Estado, "com apoio de militares (YouTube/Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 10h57.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 14h32.

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira uma operação para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Leia também: Valdemar Costa Neto é preso durante busca e apreensão por posse de arma ilegal

Batizada de Operação Tempus Veritatis, ou “hora da verdade”, o nome faz referência à articulação golpista para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições de 2022 , com o objetivo de "viabilizar e legitimar" uma intervenção militar. Ou seja, o grupo se dividiu em núcleos para disseminar notícias falsas sobre fraude eleitoral e invalidar a vitória de Lula nas urnas.

Segundo a PF, outro núcleo de ação investigado atuava na preparação para realizar um golpe de Estado, "com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais em ambiente politicamente sensível".

Entre os alvos de busca e apreensão estão aliados muito próximos do ex-presidente, como Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud.

Alvos da operação desta quinta-feira foram citados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que teria afirmado à PF que Bolsonaro atuou diretamente na discussão da elaboração de um decreto golpista com objetivo de impedir a troca de governo após as eleições de 2022. Segundo o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro chegou até a pedir alteração em uma minuta de documento que determinava a prisão de autoridades e a realização de novo pleito no país.

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