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ÀS SETE - A delação premiada de Funaro parece não atormentar o presidente Michel Temer

TEMER: o presidente diz ter "preocupação zero" com a delação de Lúcio Funaro (Beto Barata/PR/Divulgação)
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EXAME Hoje

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 06h49.

Última atualização em 25 de agosto de 2017 às 07h53.

“Nem o conheço”

A delação premiada do doceiro Lúcio Funaro, apontado pelas investigações da Operação Lava-Jato como operador de propinas para o PMDB, não atormenta o presidente Michel Temer, segundo ele próprio. Em entrevista ao jornal SBT Brasil nesta quinta-feira, o peemdebista afirmou que tem preocupação “zero” com o acordo de colaboração fechado por Funaro com o Ministério Público Federal. “Nem o conheço, conheço de pessoas que vêm perto, cumprimentar, mas não tenho nenhuma relação”, disse. Sem citar o nome do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Temer disse que seu advogado vai cuidar de uma eventual nova denúncia.

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TLP aprovada

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, em votação simbólica, a medida provisória que cria a TLP, a nova taxa de juro para empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A matéria ainda precisa ser votada no Senado. Na prática, o governo dará menos subsídios aos empréstimos tomados pelo banco, o que deve ajudar no equilíbrio das contas públicas. Houve bastante resistência à criação da TLP, tanto por políticos de oposição como por empresários, já que os financiamentos do BNDES passarão a ficar mais caros do que os patamares atuais. Alguns destaques do texto ainda precisam ser votados na próxima sessão.

Bendine vira réu

O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra Aldemir Bendine oferecida pelo MPF no começo da semana. De acordo com os procuradores, o ex-presidente da Petrobras teria recebido 3 milhões de reais em propina da Odebrecht. Preso na 42ª fase da Lava-Jato, Bendine vai responder por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço às investigações.

Tasso segue comandando o PSDB

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quinta-feira que o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), tem “as melhores condições para conduzir o partido até dezembro” — data em que os tucanos iniciarão o processo de escolha do candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. Segundo o mineiro, que está licenciado da presidência da sigla desde que veio à tona seu envolvimento no escândalo da JBS, o partido não está mais rachado e deverá se manter na base de apoio ao presidente Michel Temer (PMDB). “Há paz no ninho”, disse o senador tucano, ao deixar o diretório do PSDB, onde ocorreu uma reunião com os 27 diretórios regionais do partido. “Tive ontem uma conversa com Tasso. Nossas divergências foram superadas e continuamos em nossa trilha de construir um projeto para o país.”

Mendes defende a volta da doação empresarial

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, defendeu nesta quinta-feira a volta do financiamento empresarial para campanhas políticas, argumentando que o sistema eleitoral ficou com o “pé quebrado” desde sua proibição. Para Mendes, ainda que aprovado um fundo público bilionário para custear as eleições, a quantia dificilmente seria suficiente para custear as campanhas, abrindo espaço para fraudes nas doações. A comissão especial que discutiu a proposta de reforma política na Câmara chegou a estipular o valor de 3,6 bilhões de reais para um fundo público destinado às campanhas, mas o valor foi retirado da proposta. Mendes disse que as doações empresariais poderiam voltar, “desde que devidamente disciplinadas e impondo limites”.

Venda da Ceratti

A fabricante de frios Ceratti, conhecida pela fabricação de mortadelas, foi vendida ao grupo americano Hormel Foods por 104 milhões de dólares, segundo divulgaram as duas companhias. Com a aquisição, a Hormel Foods entra no Brasil pela primeira vez, adicionando o país a uma lista de 75 países em que já opera com faturamento anual de mais de 9 bilhões de dólares. A compra é o passo final de um processo que vinha sendo organizado nos últimos dois anos. De acordo com as informações, o atual diretor da Ceratti, Mario Ceratti, permanecerá na companhia até o término do processo de transição. O corpo de executivos será mantido.

Herdeiro da Samsung condenado

A Justiça da Coreia do Sul condenou a cinco anos de prisão Lee Jae-yong, herdeiro do conglomerado Samsung. A sentença foi anunciada nesta sexta-feira, em Seul. Os jurados entenderam que Lee Jae-yong pagou propina à ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye, também presa, em troca de privilégios à Samsung.

Lee está preso desde fevereiro e nega as acusações. O Ministério Público da Coreia do Sul havia pedido condenação a 12 anos de prisão. Os advogados de Lee afirmaram que vão recorrer.

Trump ameaça deixar o Nafta

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou deixar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (o Nafta), mas não foi levado a sério pelos governos mexicano e canadense. Segundo o ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, a ameaça de Trump é só sua maneira de “negociar”, e que os comentários do presidente não pressionam o México. Para Robert Lighthizer, negociador comercial do governo dos Estados Unidos, o país deseja “mudanças substanciais”, alegando que há falhas fundamentais no acordo, as quais prejudicam os trabalhadores do país.

Novo e-mail reforça contato dos EUA com Rússia

Um e-mail encontrado nesta quinta-feira mostra mais um contato da equipe do presidente Donald Trump com o governo russo durante a campanha eleitoral de 2016. Segundo a rede CNN, o vice-chefe de gabinete de Trump, Rick Dearborn, teria avisado a equipe do presidente que uma pessoa gostaria de passar informações para eles. A troca de recados foi, segundo a CNN, feita em junho de 2016, mesma data do encontro do filho mais velho do presidente com uma advogada russa. Esse caso foi revelado neste ano como um escândalo, porque a advogada teria passado informações comprometedoras sobre a candidata de oposição Hillary Clinton.

França: Macron perde popularidade

As últimas ações do presidente francês, Emmanuel Macron, incomodaram a população mais jovem. O presidente realizou, no último mês, algumas reformas no setor trabalhista, e sua popularidade teve uma queda de quase dez pontos, para 37%, segundo pesquisa publicada nesta quinta-feira. Para Macron, a reforma trabalhista no país é um “novo tratado” que possibilita a criação de um fundo para proteger a união monetária da União Europeia. Com o objetivo de fortalecer a participação francesa no comando da União Europeia, o presidente francês viajou na quarta-feira para Salzburgo, na Áustria, para tratar da circulação de salários em países da União Europeia. Ele se encontrou com os primeiros-ministros da República Checa e da Eslováquia.

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