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Temer indicará novo ministro da Justiça no final de fevereiro

Nas próximas semanas, presidente avaliará se apostará em um nome técnico ou se fará afago em aliados do governo

Presidente Michel Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Michel Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 17h46.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2017 às 17h57.

Brasília - Após bater o martelo e indicar o ministro da Justiça licenciado Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer (PMDB) deve ser cauteloso para definir quem assumirá o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Auxiliares do peemedebista afirmaram a EXAME.com que a indicação deve sair apenas no final de fevereiro. “No cenário ideal, Temer vai esperar que Moraes seja aprovado no Senado para tomar a decisão de quem assume a Justiça.”

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), estimou que a sabatina pela qual Moraes deve se submeter pode acontecer na quarta-feira, 22 de fevereiro. Depois disso, seu nome precisa ser aprovado no plenário da Casa, o que pode acontecer no mesmo dia, se houver quórum.

Segundo interlocutores de Temer, o presidente deve avaliar nas próximas semanas se apostará em um nome técnico ou se fará afago em aliados do governo ao escolher o novo chefe da pasta de Justiça.

Quem está na jogada?

Ainda que tenha algumas semanas para definir quem substituirá Moraes, Temer já teria alguns nomes na mira.

Para evitar insatisfação dentro do PMDB, o presidente poderia considerar escolher um parlamentar da legenda ou alguém ligado à sigla. Desde a nomeação de Antônio Imbassahy (PSDB-BA) na Secretaria de Governo no lugar de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o clima não está dos melhores dentro do partido.

De acordo com auxiliares do Palácio do Planalto, “mais de um parlamentar do PMDB já demonstrou desconforto com o desprestígio do partido dentro do governo, já que a sigla tem apenas um ministério a mais do que o PSDB”. Entre as opções dentro da sigla, destaque para Nelson Jobim, que já ocupou a mesma função durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

No PSDB, há a intenção de brigar pela vaga, já que Moraes era do partido--o ministro licenciado se desfilou nesta terça-feira. Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) despontam como possíveis candidatos.

Entre os técnicos, Temer está considerando os nomes do advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e dos ex-ministros do Supremo Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie. Eles são considerados conselheiros informais do presidente em questões jurídicas.

Há quem diga que a visita de Ellen Gracie ao Palácio do Planalto e ao STF um dia após a morte do ministro Teori Zavascki possa representar algo na escolha do presidente. Até bater o martelo, a pasta ficará sob o comando interino do secretário-executivo, José Levy Mello do Amaral Jr.

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