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Temer pode sugerir fim da reeleição para agradar PSDB

Além do fim da reeleição, os tucanos têm cobrado de Temer que, caso ele assuma a Presidência, não percorra o País pedindo votos para o PMDB

Michel Temer: para tentar conquistar o apoio do PSDB, vice quer aprovar fim da reeleição, garantindo que não vai concorrer à presidência em 2018. (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2016 às 08h59.

Brasília - Na busca por um entendimento com integrantes da cúpula do PSDB , o vice-presidente Michel Temer (PMDB) sinalizou nesta quarta-feira, 27, com a possibilidade de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da reeleição.

Uma vez aprovada, ela impediria que o peemedebista concorresse à sucessão presidencial em 2018.

O texto seria encaminhado com um pacote de propostas que o vice pretende apresentar como alternativas para reanimar a economia, caso o impeachment passe no Senado e a presidente Dilma Rousseff seja afastada.

A discussão prévia sobre a PEC ocorreu em encontro com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), realizada na residência do tucano. As conversas ocorreram um dia após o vice se reunir com os líderes do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e na Câmara, Antônio Imbassahy (BA).

Além do fim da reeleição, os tucanos têm cobrado de Temer que, caso ele assuma a Presidência, não percorra o País pedindo votos para o PMDB, partido do qual é presidente licenciado, nas eleições municipais de outubro.

Integrantes da cúpula do PSDB também têm ressaltado nas conversas com o vice que a discussão sobre a composição do novo governo seja feita de forma institucional.

A ideia é evitar que tucanos negociem diretamente com o PMDB, como o senador José Serra (PSDB-SP) tem feito.

"Ele nos disse que tem um conflito compreensível, de que não pode avançar, que tem de respeitar o rito do impeachment no Senado e, ao mesmo tempo, não pode ficar parado", afirmou o senador Cássio Cunha Lima.

"A única coisa que pedimos é que, para ter paz conosco, que faça esse roteiro institucional."

Entre os nomes cotados para o governo Temer está o de Serra, para o Ministério da Educação, e do também senador Aloysio Nunes (SP) para o de Relações Exteriores.

Após ouvir as bancadas da Câmara e do Senado, Aécio deve desembarcar nesta quinta-feira, 28, em São Paulo para conversar com o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a agenda que o partido deve defender.

Alckmin é hoje o principal foco de resistência à entrada de tucanos na equipe de Temer.

Fotos

Além do encontro a sós, Temer e Aécio voltaram a se reunir uma segunda vez nesta quarta, na presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

As conversas ocorreram na residência oficial do Senado. Apesar de o vice ter evitado declarações à imprensa, Renan fez questão de abrir as portas de casa para que cinegrafistas e fotógrafos registrassem o encontro do trio.

Após as conversas, Aécio afirmou que Renan perguntou sobre as intenções do PSDB num futuro governo Temer.

"O que ele busca saber são as intenções do PSDB especificamente em relação ao apoio a essa agenda. Qual é a intenção do PSDB em relação ao governo Michel", disse Aécio.

"Disse a ele de forma muito clara que temos compromisso com o Brasil. Também conversamos sobre a tramitação do processo de impeachment, e ele ficou, a meu ver, feliz com a indicação e aprovação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo na Comissão Especial."

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Brasília - Na busca por um entendimento com integrantes da cúpula do PSDB , o vice-presidente Michel Temer (PMDB) sinalizou nesta quarta-feira, 27, com a possibilidade de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da reeleição.

Uma vez aprovada, ela impediria que o peemedebista concorresse à sucessão presidencial em 2018.

O texto seria encaminhado com um pacote de propostas que o vice pretende apresentar como alternativas para reanimar a economia, caso o impeachment passe no Senado e a presidente Dilma Rousseff seja afastada.

A discussão prévia sobre a PEC ocorreu em encontro com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), realizada na residência do tucano. As conversas ocorreram um dia após o vice se reunir com os líderes do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e na Câmara, Antônio Imbassahy (BA).

Além do fim da reeleição, os tucanos têm cobrado de Temer que, caso ele assuma a Presidência, não percorra o País pedindo votos para o PMDB, partido do qual é presidente licenciado, nas eleições municipais de outubro.

Integrantes da cúpula do PSDB também têm ressaltado nas conversas com o vice que a discussão sobre a composição do novo governo seja feita de forma institucional.

A ideia é evitar que tucanos negociem diretamente com o PMDB, como o senador José Serra (PSDB-SP) tem feito.

"Ele nos disse que tem um conflito compreensível, de que não pode avançar, que tem de respeitar o rito do impeachment no Senado e, ao mesmo tempo, não pode ficar parado", afirmou o senador Cássio Cunha Lima.

"A única coisa que pedimos é que, para ter paz conosco, que faça esse roteiro institucional."

Entre os nomes cotados para o governo Temer está o de Serra, para o Ministério da Educação, e do também senador Aloysio Nunes (SP) para o de Relações Exteriores.

Após ouvir as bancadas da Câmara e do Senado, Aécio deve desembarcar nesta quinta-feira, 28, em São Paulo para conversar com o governador do Estado, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a agenda que o partido deve defender.

Alckmin é hoje o principal foco de resistência à entrada de tucanos na equipe de Temer.

Fotos

Além do encontro a sós, Temer e Aécio voltaram a se reunir uma segunda vez nesta quarta, na presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

As conversas ocorreram na residência oficial do Senado. Apesar de o vice ter evitado declarações à imprensa, Renan fez questão de abrir as portas de casa para que cinegrafistas e fotógrafos registrassem o encontro do trio.

Após as conversas, Aécio afirmou que Renan perguntou sobre as intenções do PSDB num futuro governo Temer.

"O que ele busca saber são as intenções do PSDB especificamente em relação ao apoio a essa agenda. Qual é a intenção do PSDB em relação ao governo Michel", disse Aécio.

"Disse a ele de forma muito clara que temos compromisso com o Brasil. Também conversamos sobre a tramitação do processo de impeachment, e ele ficou, a meu ver, feliz com a indicação e aprovação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo na Comissão Especial."

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