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Temer diz que vazamento foi equívoco, e que não há novidade

Segundo Temer, em vez de enviar a mensagem para outro amigo, o áudio foi direcionado a “um grupo que acabou divulgando esta matéria”


	Temer: "Eu falava com vários companheiros e me perguntaram se eu estava preparado para a eventualidade daquilo que viesse a acontecer no domingo"
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Temer: "Eu falava com vários companheiros e me perguntaram se eu estava preparado para a eventualidade daquilo que viesse a acontecer no domingo" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2016 às 18h48.

O vice-presidente Michel Temer disse que a gravação feita por ele e divulgada hoje, na qual apresenta propostas que pretende discutir, caso assuma o governo, foi um “equívoco” e que foi em resposta a alguns “companheiros”, que perguntaram a ele se estava preparado para ocupar a Presidência da República.

Segundo Temer, em vez de enviar a mensagem para outro amigo, o áudio foi direcionado a “um grupo que acabou divulgando esta matéria”.

"Eu falava com vários companheiros e, naquele momento, me perguntaram se eu estava preparado para a eventualidade daquilo que viesse a acontecer no próximo domingo, porque, certa e seguramente, se exigiria uma manifestação minha. Eu disse: Olha, até vou fazer o seguinte. Vou gravar aqui uma coisa que eu imagino que eu possa dizer", disse.

Após o vazamento do áudio, Temer convocou jornalistas para comentar o assunto. Ele afirmou que as teses defendidas, de prestígio aos setores produtivos, manutenção de programas sociais e chamamento dos partidos para uma "salvação nacional" são as mesmas sustentadas por ele ao longo do tempo. "Não estou dizendo novidade", afirmou. 

Perguntado se o vazamento poderia alterar o resultado da votação do impeachment na Câmara, que deve terminar neste domingo (17), Temer disse que não.

Ele afirmou também que não iria comentar críticas de que é "golpista", e estaria sentando-se na cadeira antes do tempo. Certas afirmações não merecem, digamos assim, a honra da minha resposta", disse o vice-presidente.

"Mas reitero que aquilo que disse foi exatamente aquilo que fiz no passado. Continuarei a fazer, dependendo do que acontecer no dia 17 [dia previsto para o impeachment ser votado na Câmara]. E verifiquem, na gravação, que me dirigi respeitosamente ao Senado, dizendo que apesar da eventual decisão que se dê, ainda teremos que cautelosamente aguardar decisão do Senado. Mas ainda que governo continue tal como está, continuarei sustentando as mesmas teses. Não mudei um centímetro do que falei no passado", disse.

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