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Temer diz que dá para aprovar reforma da Previdência, se Bolsonaro quiser

Para Temer, nos dois meses que restam até o fim do ano, dá tempo para se promover a reforma da Previdência, mas sem incorporar mudanças no texto

. (Adriano Machado/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 21h27.

Brasília - O presidente Michel Temer disse que, se o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) quiser levar adiante a reforma da Previdência para aprová-la em seu mandato, com base no texto que já tramitou no Congresso, ele acredita que "é possível finalizá-la este ano". Segundo Temer, "a estrada estará inteiramente asfaltada para o próximo governo". Depois de informar que "oferecerá a ideia" a Jair Bolsonaro porque ela "já que está formatada, pronta para ser votada nos dois turnos na Câmara e nos dois turnos no Senado", Temer reiterou que "a ideia só irá adiante se houver apoio do presidente eleito e da sua equipe".

Temer quer passar para a história como o presidente das reformas. O presidente tem lamentado que não conseguir aprovar a reforma da Previdência, que estava pronta para ir ao plenário, quando foi abatida por denúncias contra ele no Congresso, o que inviabilizou a sua votação.

Temer disse que não chegou a tratar do tema com o eleito, na conversa de hoje por telefone, que foi muito rápida. Mas avisou que está à disposição para levar o assunto adiante.

Mais cedo, o agora vice-presidente eleito, Hamilton Mourão, defendeu a aprovação do texto e declarou que "o ótimo é inimigo do bom", ao sugerir que se aprovasse o que está pronto e depois se trabalhasse por uma melhora de um novo texto, para outra oportunidade. Bolsonaro e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador da campanha do eleito e possível ministro da Casa Civil, já haviam se posicionado contra a reforma.

Para Temer, nos dois meses que restam até o fim do ano, antes da mudança de comando do País, há tempo para se promover a reforma da Previdência, mas sem incorporar mudanças no texto. "Se for modificar demais aquilo que já está pronto para ser votado, evidentemente não dá tempo. Mas, se o presidente eleito quiser avançar na proposta que já estará pronta, acho que dará tempo porque teremos quase dois meses pela frente", comentou.

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