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Temer diz não estar preocupado com delação de Cunha

Temer rechaçou ainda as falas de que isso poder paralisar o governo e disse que "o executivo não pode paralisar o país por causa disso"

Michel Temer: " Judiciário está cuidando das delações com muita adequação, muita segurança, de modo que não há porque preocupar-se em relação a isso no tocante ao governo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: " Judiciário está cuidando das delações com muita adequação, muita segurança, de modo que não há porque preocupar-se em relação a isso no tocante ao governo" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 10h58.

Brasília - O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira, 9, que não tem preocupação com a possibilidade de uma delação premiada do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e de Marcelo Odebrecht, e o impacto que elas possam ter no governo. Segundo Temer, há a "maior tranquilidade" em relação a isso.

"Eu tenho dito e reafirmado que precisamos aprender no Brasil que há três poderes na República: O Executivo, Legislativo e o Judiciário", disse. "E o Judiciário está cuidando disso com muita adequação, muita segurança, de modo que não há porque preocupar-se em relação a isso no tocante ao governo", afirmou, em entrevista à rádio Itatiaia.

Temer rechaçou ainda as falas de que isso poder paralisar o governo. "O executivo tem as suas tarefas e não pode paralisar o país por causa disso", afirmou.

O presidente disse ainda que se "eventualmente" algum membro do governo ou do PMDB, venha a ser incriminado "há um longo processo pela frente".

"Delação significa que alguém mencionou o nome de alguém. Quando alguém menciona o nome de outrem surge uma investigação na Polícia Federal, subsequente a essa investigação, se houver dados concretos, você manda ao Ministério Público para propor inquérito. Se continuar a investigação, quando vai ao inquérito, vamos supor que seja alguém com foro privilegiado, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceita ou não. Ai vem chamada denúncia, o Supremo vê se aceita ou não e ai começa o processo (...) é um longo processo", exemplificou.

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