Loft: com aporte de US$ 175 milhões, a empresa se tornou o 11° unicórnio brasileiro, valendo mais de 1 bilhão de dólares (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 06h46.
Última atualização em 7 de janeiro de 2020 às 07h09.
A segunda-feira foi dia de luto no Irã. Milhares de pessoas se reuniram no centro de Teerã para homenagear Soleimani. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, somou-se à multidão que gritava “morte aos Estados Unidos” e “morte a Israel”, e chorou. Participaram da cerimônia os chefes dos poderes executivo, judicial e legislativo, membros do governo, deputados, altos comandantes militares e representantes diplomáticos de países aliados. Os restos mortais de Soleimani e do vice-presidente da milícia xiita iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis, que morreu no mesmo ataque, chegaram ao Irã no domingo. O funeral continuará na terça-feira na cidade natal de Soleimani, Kerman, no sul do país, onde será enterrado ao lado de dois heróis nacionais, com os quais combateu na guerra Irã-Iraque.
Focus prevê PIB em alta de 2,3%
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central mantiveram em 2,3% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Os dados estão na primeira edição do Boletim Focus do ano, pesquisa feita com bancos e instituições financeiras e divulgada nesta segunda-feira 6. Analistas seguem acreditando em um ano de retomada econômica e com dados melhores que nos anos anteriores. Caso a previsão se confirme, 2020 será o ano de maior crescimento econômico desde 2013, quando o país cresceu 3%. Para 2019, os analistas também mantiveram a previsão de crescimento da semana anterior, de 1,17%. Os dados oficiais do PIB brasileiro de 2019 serão divulgados em março pelo IBGE. Se o país crescer no patamar estimado pelos economistas, o avanço no PIB será maior que o resultado de 2018, que foi de 1,1%.
Férias coletivas: Embraer prepara fusão com Boeing
A Embraer concedeu férias coletivas aos funcionários de suas unidades no Brasil desta segunda-feira até o dia 20 deste mês. Segundo a empresa, nesse período, será implementada a separação interna dos negócios de aviação comercial das demais atividades, como parte do processo de fusão com norte-americana Boeing, iniciado em 2018. A companhia destacou, no entanto, que a conclusão das mudanças ainda aguarda aprovação das autoridades de concorrência brasileiras. O acordo em andamento entre as duas companhias prevê a criação de uma nova companhia, uma joint venture, na qual a Boeing terá 80% e a Embraer, 20%. A nova empresa não vai absorver as atividades relacionadas a aeronaves para segurança nacional e jatos executivos, que continuarão somente com a Embraer.
Xerox obtém fundos para comprar HP
A Xerox declarou nesta segunda-feira que conseguiu os 24 bilhões de dólares necessários para financiar sua oferta de compra da fabricante de computadores HP, por 33,5 bilhões de dólares. A HP rejeitou a oferta de 22 dólares por ação em novembro, dizendo que o valor subvalorizava significativamente a empresa, com a Xerox depois levando a oferta direta aos acionistas da HP. O presidente-executivo da Xerox, John Visentin, disse que iniciou um “diálogo construtivo” com os acionistas da HP, em carta ao conselho da empresa
Loft recebe aporte de US$ 175 mi e vira unicórnio
A Loft, startup de compra e venda de imóveis, anunciou ter recebido um novo aporte de 175 milhões de dólares em sua terceira rodada de investimentos. Com o aporte, a startup atinge um valor estimado de mais de 1 bilhão de dólares – é o 11º unicórnio brasileiro e primeira startup a atingir a marca em 2020. As empresas Vulcan Capital e Andreessen Horowitz co-lideraram a rodada, com a participação da QED Investors, Fifth Wall Ventures, Thrive Capital, Valor Capital, Monashees e outros. A Loft é o único investimento da Vulcan Capital na América Latina e o único investimento brasileiro para Andreessen Horowitz. A startup já levantou 275 milhões de dólares em investimentos.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que os jornalistas brasileiros são uma “raça em extinção”. É mais um de reiterados ataques do presidente à imprensa. “Quem não lê jornal não está informado. E quem lê está desinformado. Tem de mudar isso. Vocês são uma espécie em extinção. Eu acho que vou botar os jornalistas do Brasil vinculados ao Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente]. Vocês são uma raça em extinção”, afirmou. “É importante a informação, não a desinformação ou o fake news. Por exemplo, eu cancelei todos os jornais do Palácio do Planalto. Todos, todos, não recebo mais papel de jornal ou revista. Quem quiser que vai comprar”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que o Congresso deve travar o avanço da taxação da energia solar. Há uma proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reduzir incentivos à chamada geração distribuída de energia, que envolve principalmente a instalação de placas solares em telhados e terrenos por consumidores. Segundo Bolsonaro, o Congresso colocará em votação um projeto de lei proibindo a taxação de energia gerada por radiação solar. No último domingo, Bolsonaro já havia dito ser contra a taxação no modelo de energia solar.
Grupo de Lima reconhece Guiadó
O Grupo de Lima respaldou a reeleição do líder de oposição Juan Guaidó como chefe da Assembleia Nacional e presidente interino da Venezuela, informou o bloco em comunicado nesta segunda-feira, sem as assinaturas do México e da Argentina. Guaidó foi reeleito no domingo em uma sessão realizada fora do palácio legislativo, uma vez que o governo de Nicolás Maduro forçou uma votação que impôs uma nova liderança para o Congresso depois que militares armados impediram que os deputados de oposição entrassem no edifício. A votação “pela maioria parlamentar em favor da reeleição de Juan Guaidó, atendo-se à Constituição e à lei, representa uma rejeição das ações temerárias do regime de Nicolás Maduro que buscaram impedir sua designação”, disse o Grupo de Lima, criado em 2017.
O Japão ainda pode pressionar o Líbano a extraditar Carlos Ghosn, depois que o ex-chefe da Nissan Motor desistiu da fiança para se tornar um fugitivo em um país que normalmente não extradita seus cidadãos, disse nesta segunda-feira a ministra da Justiça, Masako Mori. Mais cedo, a imprensa divulgou novos detalhes da saída dele do Japão, revelando que ele tomou um trem da capital, Tóquio, até Osaka, de onde embarcou em um avião para sair do país. A ministra observou que, como princípio geral, o governo japonês poderia solicitar extradição de um país com o qual não possui acordo formal. Esse pedido precisaria ser cuidadosamente examinado com base na possibilidade de “garantir a reciprocidade e a lei nacional do país parceiro”, disse Masako a repórteres em Tóquio.