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Tasso lançará candidatura oficial à presidência do PSDB

Nesta terça-feira, 7, Jereissati admitiu a senadores tucanos que vai disputar a vaga do senador Aécio Neves (MG)

Com o partido dividido, os tucanos tentam convencer um dos dois a desistir da candidatura (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Com o partido dividido, os tucanos tentam convencer um dos dois a desistir da candidatura (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 09h26.

Brasília - O senador Tasso Jereissati (CE) vai lançar oficialmente a sua candidatura à presidência do PSDB em evento marcada para esta quarta-feira, 8, às 11 horas, no Senado.

O evento foi anunciado pelo líder da legenda na Câmara, Ricardo Tripoli (SP). Nesta terça-feira, 7, Jereissati admitiu a senadores tucanos que vai disputar a vaga do senador Aécio Neves (MG) com o governador Marconi Perillo (GO).

Com o partido dividido, os tucanos tentam convencer um dos dois a desistir da candidatura. Em conversas reservadas, Perillo sugeriu a Tasso que ele deveria disputar o governo do Estado e desistir da eleição para a presidência da sigla. O senador cearense, que preside internamente o PSDB, por outro lado, usa o argumento de que possui a maioria dos parlamentares tucanos ao seu lado.

"Falei com Tasso sobre a importância de construirmos convergências antes da convenção. Temos pensamentos muito próximos, ele mais contundente em alguns pontos, eu, em outros", declarou Perillo à imprensa depois da reunião. O governador disse que, daqui para frente, fará um "exercício de busca de caminhos para convergência".

Um dos pontos de divergência entre os dois lados é a permanência ou não do PSDB na base do governo do presidente Michel Temer. "Esse é um tema que precisa ser resolvido, precisa apenas estabelecer critérios e datas", afirmou Perillo.

Outro ponto de discordância é sobre qual discurso deve ser adotado pelo partido. O grupo de Tasso defende que o PSDB precisa fazer uma autocrítica, o que gera reações negativas dentro de algumas alas do partido. A posição senador é a mesma do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que recentemente cobrou uma mudança de postura do partido.

, Perillo avaliou que é "honesto" o partido dizer que errou "aqui ou acolá", mas ponderou que prefere falar dos acertos. Para Tasso, o maior foco de divergência é na "ênfase" de cada grupo sobre alguns pontos. "Marconi é mais hábil do que eu. Sou mais enfático e acho que a gente tem que deixar determinadas posições muito bem marcadas diante da oposição pública."

O senador cearense também defende que haja uma candidatura única até a convenção do partido, em dezembro. "Espero que a gente não tenha nenhuma briga de arranhão, puxar cabelo, nada disso", brincou. Tasso destacou que ele tem compromisso com uma parcela da legenda que "defende alguns pontos de vista que não são os mesmos defendidos por outras parcelas".

Previdência. O presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves, defendeu ontem durante a reunião da bancada a permanência na base aliada do governo para ajudar a aprovar a reforma da Previdência. Logo depois, Tasso voltou a dizer que Temer perdeu as condições de aprovar a reforma.

O presidente interino do PSDB disse que se o peemedebista tivesse saído na primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República, há seis meses, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) poderia ter mais chances de aprovar as reformas. "Um governo que está, de alguma maneira, politicamente enfraquecido, com um desgaste gigantesco não tem condições de levar adiante reformas realmente profundas que o País precisa", disse Tasso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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