Brasil

Supremo decide extraditar ex-líder da máfia italiana

Pasquale Scotti foi preso em maio, no Recife, em uma operação da Polícia Federal e da Interpol


	Pasquale Scotti é apontado como ex-líder da organização criminosa Camorra
 (Reuters/ Polícia Federal)

Pasquale Scotti é apontado como ex-líder da organização criminosa Camorra (Reuters/ Polícia Federal)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 20h55.

Brasília - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou hoje (20) a extradição para Itália de Pasquale Scotti, apontado como ex-líder da organização criminosa Camorra.

Ele foi preso em maio, no Recife,  em uma operação da Polícia Federal e da Interpol (Polícia Internacional). 

Pasquale está preso na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, onde aguardava decisão da Corte.

Caberá a presidente Dilma Rousseff homologar a extradição de Scotti para a Itália. Conforme a decisão, o governo italiano se comprometeu a aplicar pena máxima de 30 anos de prisão, como é previsto no Brasil.

Também ficou definido que os dois primeiros anos de prisão na Itália serão cumpridos em regime de isolamento.

O italiano é apontado como fundador da Nova Camorra Organizada – subgrupo criado após a prisão do principal chefe da Camorra, Raffaele Cutolo, em 1982.

Em 2005, a Justiça condenou Scotti à prisão perpétua por crimes cometidos entre 1980 e 1983, entre os quais mais de 20 homicídios, porte ilegal de armas de fogo, extorsão, intimidação e ameaças.

Pasquale Scotti estava foragido desde 1984 e vivia no Recife há anos, com documentos falsos, em nome de Francisco de Castro Visconti.

A defesa de Scotti alegou no Supremo que ele sofria perseguição política na Itália e fugiu para o Brasil por temer ser executado. Os argumentos não foram aceitos pelos ministros.

Acompanhe tudo sobre:EuropaItáliaJustiçaPaíses ricosPiigsPrisõesSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

O que é Nióbio e para que serve?

Amazonas, Maranhão, Roraima e Pará têm maior porcentagem de municípios com lixões, diz IBGE

China compra por R$ 2 bilhões reserva brasileira rica em urânio e nióbio, na Amazônia

STF retoma julgamento sobre responsabilidade de redes sociais por conteúdos publicados