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STF nega pedido de Genoino para cumprir pena em casa

Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, situação de Genoino é idêntica à de outros presos que também são hipertensos e cardiopatas e cumprem pena em presídios

José Genoino: para Barroso, conceder prisão domiciliar ao ex-deputado criaria uma exceção (Wilson Dias/ABr)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 18h11.

Brasília - O Supremo Tribunal Federal ( STF ) negou hoje (25) o pedido do ex-deputado Jose Genoino para voltar a cumprir pena em casa enquanto estiver com a saúde debilitada.

A maioria do colegiado seguiu o voto do ministro Luís Roberto Barroso, relator das execuções penais dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão .

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Segundo Barroso, a situação de Genoino é idêntica à de outros presos que também são hipertensos e cardiopatas e cumprem pena em presídios.

Para Barroso, conceder prisão domiciliar ao ex-deputado criaria uma exceção.

“Realizadas sucessivas avaliações médicas oficiais, todas atentaram à possibilidade de continuação do tratamento no regime semiaberto. Da mesma forma, dois laudos de juntas médicas da Câmara dos Deputados concluíram que o agravante não possui cardiopatia grave nem é portador de invalidez. “, afirmou.

Ao julgar agravo protocolado pela defesa de Genoino, Barroso disse que não quer dar tratamento diferenciado ao ex-parlamentar.

Segundo o ministro, a decisão dele é universal e deve ser aplicada a todos os processos de execução penal que tramitam no país.

Barroso também ressaltou que, no dia 24 de agosto, Genoino vai progredir para o regime aberto, após ter cumprido um sexto da pena de quatro anos e oito meses de prisão em regime semiaberto.

Mesmo sem pedido da defesa, o relator foi a favor de um eventual pedido de trabalho externo de Genoino.

Os argumentos do relator foram seguidos pelos ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello. O único voto contrário foi o do ministro Dias Toffoli.

O ex-deputado teve prisão decretada em novembro do ano passado e chegou a ser levado para a Papuda.

Mas, por determinação do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, então relator das execuções penais dos condenados na ação penal, ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar temporária até abril.

Durante o período em que ficou na Papuda, o ex-deputado passou mal e foi levado para um hospital particular.

Em abril, Genoino voltou a cumprir pena na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, também por determinação do presidente do STF.

A decisão foi tomada após Barbosa receber laudo do Hospital Universitário de Brasilia (HUB). No documento, uma junta médica concluiu que o estado de saúde do ex-parlamentar não era grave.

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