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STF começa julgamento de ação penal contra Gleisi Hoffmann

De acordo com a denúncia, para sua campanha ao Senado em 2010, parlamentar teria recebido R$ 1 milhão oriundos de recursos desviados da Petrobras

Gleisi Hoffmann: advogados da petista e de seu marido afirmaram que acusações são "meras conjecturas feitas às pressas" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Gleisi Hoffmann: advogados da petista e de seu marido afirmaram que acusações são "meras conjecturas feitas às pressas" (Patricia Monteiro/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de junho de 2018 às 15h16.

Última atualização em 19 de junho de 2018 às 18h05.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar na tarde desta terça-feira, 19, ação penal proposta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. No início da sessão, o presidente do colegiado, Ricardo Lewandowski, disse que o julgamento deverá ser encerrado hoje.

No processo, os cinco ministros do colegiado vão decidir se condenam ou absolvem os acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na Operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, Gleisi teria recebido R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010. O valor teria sido negociado por intermédio de Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kluger Rodrigues, que também é réu.

No entendimento da PGR, o valor da suposta propina paga a Gleisi é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras, conforme citações feitas pelo doleiro Alberto Youssef, um dos delatores das investigações.

Em documento encaminhado ao Supremo durante a fase de defesa, os advogados do casal afirmaram que as acusações são "meras conjecturas feitas às pressas", em função de acordos de delação premiada.

"A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral", afirmou a defesa, na ocasião.

A Segunda Turma é composta pelos ministros Edson Fachin, relator da ação, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

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