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SP vai pedir que Ministério da Saúde amplie intervalo da 2ª dose da Coronavac

De acordo com o Butantan, fabricante da vacina, nos estudos clínicos a aplicação em até 40 dias teve o mesmo efeito que no intervalo de até 28 dias

Vacina contra a covid-19 (Governo do Estado de SP/Divulgação)

Vacina contra a covid-19 (Governo do Estado de SP/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 27 de janeiro de 2021 às 14h50.

Última atualização em 27 de janeiro de 2021 às 15h00.

O governo de São Paulo e o Instituto Butantan vão encaminhar, nesta quarta-feira, 27, uma consulta ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, para que seja ampliado o intervalo máximo de aplicação entre a primeira e a segunda dose da Coronavac para até 40 dias.

A recomendação da bula do imunizante e do próprio PNI é de que essa vacinação ocorra em intervalo entre 14 e 28 dias. Apesar disso, o diretor do Butantan, fabricante da vacina contra a covid-19, Dimas Covas, disse que dentro dos estudos clínicos houve a aplicação em um intervalo de até 40 dias e que não se mostrou prejuízo à imunidade dos voluntários.

“O prazo pode ser estendido por até 15 dias, sem prejuízo algum. Alguns casos no estudo mostraram que não teve problema na imunização. Não tem justificativa ética para guardar a vacina. E acho que temos todas as condições de atendermos”, disse Dimas Covas em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 27.

A equipe do Centro de Contingência contra a Covid-19 do Estado de São Paulo é favorável a aumentar o intervalo de aplicação da segunda dose da Coronavac. O objetivo é que não seja necessário guardar estoque e, assim, aplicar em mais pessoas.

“Somos favoráveis, com respaldo técnico, para ampliar a aplicação da segunda dose. Para isso é preciso ter uma manifestação formal do Plano Nacional de Imunizações (PNI). O total de doses disponíveis ainda não é suficiente para esgotar todo o grupo de profissionais de saúde”, disse o coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

O Brasil precisa de quase 30 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para imunizar apenas o primeiro grupo prioritário. Até a terça-feira, 26, o governo federal distribuiu cerca de 9 milhões de doses aos estados — 2 milhões da Fiocruz/AstraZeneca e 6,9 milhões do Butantan/Sinovac. O Instituto Butantan ainda precisa entregar mais 3,2 milhões de doses que devem ficar prontas nos próximos dias.

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