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Sóstenes diz que R$ 430 mil apreendidos pela PF vieram da venda de um imóvel

Líder do PL foi alvo de operação da Polícia Federal que apura desvio de cotas parlamentares

Sóstenes Cavalcante (PL - RJ): deputado líder do PL na Câmara (Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Divulgação)

Sóstenes Cavalcante (PL - RJ): deputado líder do PL na Câmara (Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Divulgação)

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 14h59.

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O líder do Partido Liberal (PL), Sóstenes Cavalcante, disse nesta sexta-feira, 19, que os R$ 430 mil apreendidos pela Polícia Federal (PF) são de venda de imóvel. O valor foi encontrado em dinheiro vivo, após operação Galho Fraco, que apura desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares.

"Sobre o dinheiro encontrado em minha residência, é recurso lícito de venda de imóvel de minha propriedade. Aparece lacrado, identificado. Quem quer viver de dinheiro de corrupção, bota em outro lugar", disse o deputado.

Em coletiva com jornalistas, o parlamentar não explicou por que recebeu dinheiro vivo pela venda. Também afirmou que não teve tempo para fazer o depósito no banco, por um "lapso" causado pela correria do trabalho. O dinheiro foi encontrado em um flat onde Sóstenes se hospeda em Brasília (DF).

Ao ser questionado sobre a compra do imóvel, ele explicou que teria adquirido depois de 2022 e a venda foi concluída recentemente, mas não soube informar as datas exatas de compra e venda do apartamento, que fica em Minas Gerais. O parlamentar também não deu detalhes sobre o processo para "não expor outras pessoas".

Apesar de achar estranho guardar a grande quantia de dinheiro, Sóstenes alegou que o processo de venda havia sido declarado no Imposto de Renda. No entanto, informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não fazem referência ao imóvel.

"Nada a temer"

O deputado negou irregularidades no uso da cota parlamentar e diz não ter "nada a temer". A PF suspeita de um esquema de desvios das verbas mediante contratos para alugar veículos por meio de gabinete da Câmara.

"Querem pegar um carro alugado e um dinheiro de imóvel para desviar o foco da população. Eu vou até o fim, eu não temo investigações. Estão dizendo que lavo dinheiro de um contrato de R$ 4.500. Poderiam ver as câmeras da Câmara. O carro tem dois anos de uso, e sempre esteve aqui, sendo filmado. Flávio Dino, está tudo à sua disposição", explicou.

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