Solução para haitianos pode ser anunciada na próxima semana
Reunião entre representantes de ministérios pode apontar uma saída para a situação de milhares haitianos abrigados no Acre
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 11h51.
Brasília – Uma reunião marcada para a próxima terça-feira (21), entre representantes dos ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, pode apontar uma saída para a situação de milhares haitianos abrigados no município de Brasiléia, no Acre .
O governo do estado espera que o pedido de fechamento provisório da fronteira seja considerado como uma das estratégias do governo federal para contornar a situação considerada alarmante pelas autoridades locais.
A reunião foi marcada depois que o governador do Acre, Tião Viana relatou como está a atual situação em Brasiléia no encontro que ocorreu ontem (16), em Brasília com o ministro José Eduardo Cardozo.
Mais de 1,2 mil pessoas estão no abrigo em Brasileia, a mais de 200 quilômetros da capital Rio Branco montado para receber até 450 pessoas.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão o grupo está vulnerável a diversos riscos de saúde e segurança. Mourão está desde ontem (16) no município, acompanhado por equipes da Defesa Civil estadual e adiantou hoje (17) à Agência Brasil que algumas providências já começam a ser adotadas.
“Vamos começar hoje a limpeza do abrigo pelos agentes da Defesa Civil. Queremos garantir a segurança no local para evitar incêndios e problemas provocados pelas chuvas que já começaram”, explicou.
Segundo ele, equipes da secretaria estadual de Saúde também devem chegar a Brasiléia para orientar os abrigados sobre o risco de doenças contagiosas e as formas de prevenção. A medida foi sugerida por Mourão que alertou sobre a aglomeração de pessoas acima da capacidade do abrigo. “Estas medidas, ainda assim, são insuficientes. O fluxo de pessoas continua aumentando. Ontem chegaram mais 50 pessoas e as empresas pararam de contratar”, disse o secretário.
O acordo feito com empresários de diversos setores como o de construção civil e metalurgia para garantir emprego para muitos haitianos em outros pontos do país não têm sido suficiente para fazer frente ao fluxo migratório crescente.
A situação se agravou quando, no início de dezembro as contratações foram reduzidas em função do período de menor atividade. A expectativa é que a partir de fevereiro as empresas retomem o recrutamento.
“Ontem já tivemos um sinal melhor já que uma empresa veio e recrutou 130 pessoas e soubemos que outra empresa deve vir hoje para contratar mais alguns”, afirmou Mourão.
Ainda que o recrutamento volte ao ritmo normal, autoridades acreanas temem pela situação de mulheres e crianças que não estão no alvo destas contratações. Outra preocupação é com o aumento de pessoas entrando irregularmente pela fronteira. Segundo Mourão, os empregos oferecidos não são suficientes para atender o acúmulo registrado nas últimas semanas.
“Além disto, Brasiléia não tem condições de sediar outro abrigo. Se o governo federal indicar a construção de um outro local, não há condições na cidade. Estamos estudando, inclusive, a possibilidade de deslocar algumas pessoas para a capital Rio Branco, mas esta é uma operação complicada”, disse.
Procurada pela Agência Brasil desde ontem, a assessoria do Ministério da Justiça não se posicionou sobre o caso.
Apenas informou que está acompanhando a situação em Brasiléia através de vistorias e a presença de agentes da Polícia Federal no município.
Brasília – Uma reunião marcada para a próxima terça-feira (21), entre representantes dos ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, pode apontar uma saída para a situação de milhares haitianos abrigados no município de Brasiléia, no Acre .
O governo do estado espera que o pedido de fechamento provisório da fronteira seja considerado como uma das estratégias do governo federal para contornar a situação considerada alarmante pelas autoridades locais.
A reunião foi marcada depois que o governador do Acre, Tião Viana relatou como está a atual situação em Brasiléia no encontro que ocorreu ontem (16), em Brasília com o ministro José Eduardo Cardozo.
Mais de 1,2 mil pessoas estão no abrigo em Brasileia, a mais de 200 quilômetros da capital Rio Branco montado para receber até 450 pessoas.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos do estado, Nilson Mourão o grupo está vulnerável a diversos riscos de saúde e segurança. Mourão está desde ontem (16) no município, acompanhado por equipes da Defesa Civil estadual e adiantou hoje (17) à Agência Brasil que algumas providências já começam a ser adotadas.
“Vamos começar hoje a limpeza do abrigo pelos agentes da Defesa Civil. Queremos garantir a segurança no local para evitar incêndios e problemas provocados pelas chuvas que já começaram”, explicou.
Segundo ele, equipes da secretaria estadual de Saúde também devem chegar a Brasiléia para orientar os abrigados sobre o risco de doenças contagiosas e as formas de prevenção. A medida foi sugerida por Mourão que alertou sobre a aglomeração de pessoas acima da capacidade do abrigo. “Estas medidas, ainda assim, são insuficientes. O fluxo de pessoas continua aumentando. Ontem chegaram mais 50 pessoas e as empresas pararam de contratar”, disse o secretário.
O acordo feito com empresários de diversos setores como o de construção civil e metalurgia para garantir emprego para muitos haitianos em outros pontos do país não têm sido suficiente para fazer frente ao fluxo migratório crescente.
A situação se agravou quando, no início de dezembro as contratações foram reduzidas em função do período de menor atividade. A expectativa é que a partir de fevereiro as empresas retomem o recrutamento.
“Ontem já tivemos um sinal melhor já que uma empresa veio e recrutou 130 pessoas e soubemos que outra empresa deve vir hoje para contratar mais alguns”, afirmou Mourão.
Ainda que o recrutamento volte ao ritmo normal, autoridades acreanas temem pela situação de mulheres e crianças que não estão no alvo destas contratações. Outra preocupação é com o aumento de pessoas entrando irregularmente pela fronteira. Segundo Mourão, os empregos oferecidos não são suficientes para atender o acúmulo registrado nas últimas semanas.
“Além disto, Brasiléia não tem condições de sediar outro abrigo. Se o governo federal indicar a construção de um outro local, não há condições na cidade. Estamos estudando, inclusive, a possibilidade de deslocar algumas pessoas para a capital Rio Branco, mas esta é uma operação complicada”, disse.
Procurada pela Agência Brasil desde ontem, a assessoria do Ministério da Justiça não se posicionou sobre o caso.
Apenas informou que está acompanhando a situação em Brasiléia através de vistorias e a presença de agentes da Polícia Federal no município.