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"O presidente analisa nomes. É continuidade, não rompimento", diz Pazuello sobre substituto

Neste fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro conversou com aliados sobre a substituição de Eduardo Pazuello no comando da Saúde

Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 15 de março de 2021 às 16h58.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 19h06.

O último fim de semana foi de pressão para o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. O presidente Jair Bolsonaro conversou com aliados para substitui-lo no comando da pasta. A médica Ludhmila Hajjar foi até Brasília, falou com o presidente, mas recusou o convite de assumir o cargo

Nesta segunda-feira, 15, já estava marcada uma entrevista coletiva semanal do Ministério da Saúde, mas Pazuello aproveitou a ocasião para fazer um balanço de toda a sua gestão, e não somente dos últimos sete dias, como é de praxe. Usou o espaço também para confirmar, pela primeira vez, que Bolsonaro procura um novo substituto e dizer que fica no cargo para a transição.

"O ministro vai ser substituído? Um dia, sim. Pode ser em curto, médio ou longo prazo. O presidente está sim neste momento de reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, segue vida normal. Eu não estou doente, não pedi para sair e nenhum de nós está com problema algum. Estamos trabalhando focados na missão. Quando o presidente tomar a decisão, faremos uma transição tranquila. É continuidade, não rompimento", diz.

Apesar de fazer o balanço de toda a sua gestão, ele disse que a entrevista coletiva não era uma despedida do cargo.

"Essa convocação de coletiva de imprensa foi feita desde a semana passada. Eu tenho muito orgulho de ter estado e estar na função em todo este período. Isso não é uma despedida, quando tiver de me despedir eu vou fazer isso oficialmente. Quero deixar claro que é muito orgulho estarmos à frente desta pasta e cumprindo essa missão. Não me sinto pressionado", disse o ministro da Saúde.

Pazuello ainda defendeu o uso de remédios não comprovados cientificamente para o tratamento da covid-19. Sem citar a cloroquina, ele disse que o médico tem autonomia para receitar qualquer droga que esteja disponível nas farmácias dos hospitais.

"Cabe ao Executivo, federal, estadual e municipal, os medicamento que precisam estar disponibilizados. Sabemos que não temos medicamento com bula específica para coid-19, mas todos têm autonomia para usar esses medicamentos fora da bula, e esse trabalho é do médico", disse.

Ainda segundo ele, o ciclo da pandemia em 2020 se mostrou regional e seguiu as oscilações climáticas em cada região do Brasil. "Conseguimos evitar situações mais dramáticas. Em 2021 ele está diferente, mais contagioso e, por consequência, causou mais mortes. Este novo clico mostrou as fragilidades das estruturas de saúde. O SUS não colapsou em 2020 e será colocado à prova em 2021", afirmou.

Vacinas

O ministro da Saúde fez também uma longa explicação sobre todas as vacinas contra a covid-19 contratadas até o momento pelo governo federal. Segundo Pazuello, o total comprado pelo Brasil passa das 560 milhões de doses, sendo a maior parte da Fiocruz/AstraZeneca, com 210 milhões.

Ele também confirmou que foram concluídos os contratos de aquisição de vacinas da Pfizer e da Janssen. O acordo prevê 138 milhões de doses (100 mi da Pfizer e 38 mi da Janssen), com o primeiro lote, de 1 milhão doses da vacina da Pfizer, previsto para chegar até o fim do mês de abril.

Veja como foi a entrevista coletiva nesta segunda-feira

https://www.youtube.com/watch?v=O6QpRySSEPw&ab_channel=Minist%C3%A9riodaSa%C3%BAde

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