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Sistema de espionagem da II Guerra é descoberto em Israel

Grupo de pesquisadores descobriu um sistema de espionagem por meio de cabos submarinos, empregado pela Marinha britânica durante a Segunda Guerra Mundial,


	Israel: cabos estavam cobertos por várias camadas de borracha, juta, chumbo e aço
 (Israel Defense Force/Facebook)

Israel: cabos estavam cobertos por várias camadas de borracha, juta, chumbo e aço (Israel Defense Force/Facebook)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2015 às 10h42.

Jerusalém - Um grupo de pesquisadores descobriu um sistema de espionagem por meio de cabos submarinos, empregado pela Marinha britânica durante a Segunda Guerra Mundial, nas imediações do porto de Haifa, no norte de Israel, informou neste domingo o jornal "Haaretz".

Segundo o estudo divulgado pelo Instituto Ben-Zvi, em Jerusalém, os pesquisadores chegaram a esta conclusão após rastrear cabos que repousavam no solo marinho do litoral de Haifa, conhecidos há décadas por mergulhadores e pescadores.

A descoberta revela o papel que desempenharam os sistemas de defesa no afundamento do submarino italiano Scire, que era o terror da Marinha do Reino Unido durante a Segunda Guerra, pois tinha afundado com seus torpedos seis embarcações britânicas.

Os cabos estavam cobertos por várias camadas de borracha, juta, chumbo e aço e foram usados pelos britânicos para proteger o porto de Haifa.

Sobre as camadas os especialistas encontraram uma fita com a inscrição Siemens London, 1940.

A companhia alemã tinha uma unidade em Londres desde antes da guerra e produziu equipamento de defesa para o exército britânico durante o conflito.

O local do naufrágio do submarino italiano, a cerca de 10 quilômetros da costa de Haifa, a 33 metros de profundidade, é um ponto de mergulho desde os anos 60.

Duas décadas depois, o arqueólogo marinho israelense Ehud Galili localizou uma entrada no submarino e encontrou os restos mortais da tripulação em seu interior.

O arqueólogo informou na época sobre a descoberta ao adido militar italiano em Israel, que não se interessou pelo assunto, segundo o "Haaretz".

Em 1985, quando se soube na Itália sobre a existência dos restos mortais dos 50 tripulantes, houve uma grande comoção no país. Um barco da Marinha foi então para a costa de Haifa resgatar os restos mortais de dentro do submarino.

Deste então, os italianos celebram uma cerimônia anual em memória dos soldados mortos, ainda que até agora não se soubesse as circunstâncias do naufrágio do submarino abatido pelos britânicos.

O jornal explica que em agosto de 1942 os italianos planejavam um ataque ao porto de Haifa, onde era armazenado combustível para o exército britânico, mas os ingleses conseguiram decifrar o código utilizado pelo submarino e interceptaram mensagens entre italianos e alemães.

Os pesquisadores encontraram documentos indicando que os britânicos não consideravam o porto de Haifa um ponto prioritário, mas mesmo assim instalaram um sistema de cabos para cobrir o local em caso de necessidade e que acabou sendo utilizado antes da aproximação do Scire.

O estudo detalha as últimas horas do submarino, em 10 de agosto de 1942, quando pouco após ser aparentemente detectado pelo sistema de espionagem, um comandante em costa ordenou que um esquadrão de artilharia disparasse contra o Scire. Cinco minutos depois, foi anunciado que o submarino havia sido abatido. 

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