Brasil

Economia de 30% das cidades é dependente da administração pública

Segundo levantamento do IBGE, mais de um terço do rendimento desses municípios vem do setor

Brasília se manteve como a capital que mais depende da administração pública (Viagem e Turismo)

Brasília se manteve como a capital que mais depende da administração pública (Viagem e Turismo)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 17h06.

Rio de Janeiro - Três em cada dez municípios brasileiros tinham em 2008 mais de um terço de sua economia dependente da administração pública. Essa proporção representa 1.832 cidades entre o total de 5.564 do território nacional naquele ano. A maior parte delas estava localizada nas regiões Norte e Nordeste.

A constatação é da pesquisa Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2008, apresentada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta aumento do peso da administração pública na economia nacional desde 2004, tendo passado de 12,6% para 13,4% em quatro anos.

De acordo com o levantamento, entre os cinco municípios onde a participação do setor na economia local superava 70% em 2008, três estavam localizados na Paraíba: Poço Dantas (70,8%), Areia de Baraúnas (70,5%) e Santarém (70,3%). Na lista de cinco municípios ainda constavam Uiramutã (RR), com 78,7%, e Santo Antônio dos Milagres (PI), com 70,8%.

O estudo também aponta que em todos os municípios de Roraima a máquina administrativa respondia por mais de 38,8% da geração de renda; e no estado do Amapá, com exceção de Serra do Navio, em todas as cidades o setor pesava mais de 40,3% na economia.

Brasília continuou liderando o ranking nacional de participação da administração pública no PIB entre as capitais, com 47,3% de sua economia dependendo do setor em 2008. O peso, no entanto, diminuiu em relação a 2004, quando era de 49,7%. Em seguida, aparece Macapá (AP), com 40,3%, e Boa Vista (RR), com 38,8%. Por outro lado, as capitais onde a máquina administrativa tem menor peso na economia são Vitória (ES), com 4,1%, e São Paulo (SP), com 6,0%.

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