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Sindicato recomenda que petroleiros saiam de plataformas

Sindicato está recomendando que associados em greve desembarquem das 51 unidades marítimas que aderiram ao movimento e deixem operações nas mãos da petroleira

Plataforma de petróleo: recomendação do Sindipetro NF ocorre após a Federação Única dos Trabalhadores, a qual é filiado, ter recomendado na semana passada o fim do movimento (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 18h29.

Rio de Janeiro - O sindicato responsável pelos trabalhadores da Petrobras da Bacia de Campos (Sindipetro NF) está recomendando que seus associados em greve desembarquem das 51 unidades marítimas que aderiram ao movimento e deixem as operações nas mãos da petroleira.

A recomendação do Sindipetro NF ocorre após a Federação Única dos Trabalhadores (FUP), a qual é filiado, ter recomendado na semana passada o fim do movimento.

Aqueles trabalhadores que seguem em greve, após a Petrobras ter firmado uma série de compromissos, querem agora evitar desconto de salário de 50 por cento nos dias não trabalhados, conforme decidiu a estatal.

Atualmente, segundo o sindicalista Bezerra, a maior parte dos trabalhadores das unidades marítimas em Campos, incluindo plataformas de produção, sondas de perfuração e Unidades de Manutenção e Segurança (UMS), participa do movimento.

A bacia responde por mais de 60 por cento da produção de petróleo do país.

"Queremos ver se a Petrobras consegue manter a produção sem os seus funcionários, somente com as equipes de contingência", afirmou Bezerra.

O líder sindical calcula que cerca de cinco plataformas fixas de produção na Bacia de Campos permanecem sem produzir, incluindo a Enchova e a P-8.

"Algumas plataformas ainda estão sem produzir, mas não tem como falar quanto, porque nossos informantes nas unidades não estão mais lá para nos passar os números", disse Bezerra.

Questionada, a Petrobras não respondeu nesta terça-feira quais os atuais impactos da greve na produção de petróleo e gás. A greve, considerada a pior em 20 anos, com impactos expressivos na produção, começou como forma de protestar contra a venda de ativos da empresa e a redução dos investimentos.

Mas com o avanço das negociações, os sindicalistas consideraram ter obtido sucesso com a proposta da Petrobras de criação de um grupo de trabalho para avaliar as alternativas possíveis para capitalizar a empresa.

O Sindipetro NF está em greve desde 1º de novembro, apesar de a FUP ter recomendado na última sexta-feira a interrupção do movimento. Além do Norte Fluminense, os sindicatos de Espírito Santo e Minas Gerais também não aceitaram o indicativo da FUP. Outros dez sindicatos filiados à federação, incluindo o Sindiquímica-PR, decidiram encerrar a paralisação.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que tem outros cinco sindicatos filiados e que iniciou a greve em 29 de outubro, também permanece na paralisação.

Procurada nesta terça-feira, a Petrobras repetiu posicionamento enviado na última quarta-feira, sobre sua última proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015.

A companhia propôs reajuste de 9,53 por cento nas tabelas salariais e em outras parcelas remuneratórias. Também manteve benefícios e vantagens que fazem parte do acordo vigente.

"Essa é a proposta definitiva da companhia e traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes", afirmou em nota.

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Rio de Janeiro - O sindicato responsável pelos trabalhadores da Petrobras da Bacia de Campos (Sindipetro NF) está recomendando que seus associados em greve desembarquem das 51 unidades marítimas que aderiram ao movimento e deixem as operações nas mãos da petroleira.

A recomendação do Sindipetro NF ocorre após a Federação Única dos Trabalhadores (FUP), a qual é filiado, ter recomendado na semana passada o fim do movimento.

Aqueles trabalhadores que seguem em greve, após a Petrobras ter firmado uma série de compromissos, querem agora evitar desconto de salário de 50 por cento nos dias não trabalhados, conforme decidiu a estatal.

Atualmente, segundo o sindicalista Bezerra, a maior parte dos trabalhadores das unidades marítimas em Campos, incluindo plataformas de produção, sondas de perfuração e Unidades de Manutenção e Segurança (UMS), participa do movimento.

A bacia responde por mais de 60 por cento da produção de petróleo do país.

"Queremos ver se a Petrobras consegue manter a produção sem os seus funcionários, somente com as equipes de contingência", afirmou Bezerra.

O líder sindical calcula que cerca de cinco plataformas fixas de produção na Bacia de Campos permanecem sem produzir, incluindo a Enchova e a P-8.

"Algumas plataformas ainda estão sem produzir, mas não tem como falar quanto, porque nossos informantes nas unidades não estão mais lá para nos passar os números", disse Bezerra.

Questionada, a Petrobras não respondeu nesta terça-feira quais os atuais impactos da greve na produção de petróleo e gás. A greve, considerada a pior em 20 anos, com impactos expressivos na produção, começou como forma de protestar contra a venda de ativos da empresa e a redução dos investimentos.

Mas com o avanço das negociações, os sindicalistas consideraram ter obtido sucesso com a proposta da Petrobras de criação de um grupo de trabalho para avaliar as alternativas possíveis para capitalizar a empresa.

O Sindipetro NF está em greve desde 1º de novembro, apesar de a FUP ter recomendado na última sexta-feira a interrupção do movimento. Além do Norte Fluminense, os sindicatos de Espírito Santo e Minas Gerais também não aceitaram o indicativo da FUP. Outros dez sindicatos filiados à federação, incluindo o Sindiquímica-PR, decidiram encerrar a paralisação.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que tem outros cinco sindicatos filiados e que iniciou a greve em 29 de outubro, também permanece na paralisação.

Procurada nesta terça-feira, a Petrobras repetiu posicionamento enviado na última quarta-feira, sobre sua última proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015.

A companhia propôs reajuste de 9,53 por cento nas tabelas salariais e em outras parcelas remuneratórias. Também manteve benefícios e vantagens que fazem parte do acordo vigente.

"Essa é a proposta definitiva da companhia e traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes", afirmou em nota.

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