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Sete ônibus são incendiados no Rio após ação contra tráfico

Este foi o sexto ataque a ônibus na zona oeste somente nesta semana, comprometendo o transporte na região

Ônibus incendiados (jan/2017): ao todo, já foram registrados 64 casos, um aumento de 156% em relação ao mesmo período de 2016 (./Reuters)

Ônibus incendiados (jan/2017): ao todo, já foram registrados 64 casos, um aumento de 156% em relação ao mesmo período de 2016 (./Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de junho de 2017 às 06h51.

Última atualização em 19 de junho de 2017 às 06h52.

A Federação de Transportes do Rio de Janeiro (Fetranspor) divulgou nota repudiando mais sete ataques a ônibus urbanos na zona oeste, na madrugada deste sábado (17) e domingo (18), que elevaram para 107 o número de veículos incendiados de forma criminosa no estado do Rio de Janeiro desde janeiro. Ao todo, já foram registrados 64 casos, um aumento de 156% em relação ao mesmo período de 2016.

De acordo com a federação, este foi o sexto ataque a ônibus na zona oeste somente nesta semana, comprometendo o transporte na região. Os ataques aos coletivos foram uma represália de moradores da região após uma troca de tiros entre bandidos e a Polícia Militar (PM) que resultou na morte de três pessoas da comunidade de Antares. Segundo a PM, as três vítimas teriam ligação com o tráfico de drogas.

Nesta madrugada de domingo (19), três ônibus da Auto Viação Palmares - dois da linha 840 (São Fernando X Campo Grande) e um da 849 (Base Aérea de Santa Cruz x Campo Grande) - e um veículo da Transportes Barra, linha 756 (Santa Cruz X Coelho Neto), foram incendiados na Avenida Antares, em Santa Cruz. Os veículos seguiam para seus respectivos pontos finais para entrar em operação.

De acordo com a Fetranspor, o prejuízo do setor ultrapassa R$ 47 milhões desde janeiro de 2016, recursos que poderiam ser investidos em melhorias no sistema. A entidade aponta que, como não há seguro para esse tipo de sinistro, as empresas absorvem todo o custo de reposição.

"Diante dos graves efeitos do desequilíbrio econômico-financeiro das empresas do Rio com a não concessão do reajuste da tarifa, somada à crise financeira que reduz o número de passageiros e à recente escalada de ataques criminosos aos ônibus no Estado do Rio, não há viabilidade para a reposição dos veículos destruídos. Em seis meses, um ônibus transporta, em média, 70 mil passageiros", diz a nota.

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