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Sete Brasil busca mais transparência após Lava Jato

Principais acionistas se reúnem amanhã para discutir o andamento da auditoria interna aberta para apurar contratos com a Petrobras

Plataforma da Petrobras: ex-diretor de operações da Sete Brasil confessou ter recebido propina de fornecedores da estatal (Divulgação/Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 20h09.

Rio de Janeiro - Mudanças contratuais importantes e a prisão do ex-diretor de operações da Sete Brasil , Pedro Barusco, nas investigações da Operação Lava Jato foram o estopim de uma busca de mais transparência nos negócios da companhia.

Amanhã, os principais acionistas da Sete Brasil se reúnem para discutir o andamento da auditoria interna aberta para apurar contratos de construção de sondas firmados desde 2010.

Barusco, que confessou ter recebido propina de fornecedores da Petrobras, foi diretor de Operações da empresa entre 2011 e 2013, quando deixou a Sete Brasil alegando problemas de saúde.

Antes, trabalhava na diretoria de engenheira e Serviços da estatal, um dos principais focos da Operação Lava Jato.

Na Sete Brasil, atuou na intermediação dos contratos de construção e aluguel de 29 sondas de perfuração, orçadas em US$ 25,5 bilhões.

A avaliação dos acionistas é que o clima na empresa é "tenso" diante das investigações e da proximidade de executivos da Sete Brasil com os envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras.

Os principais investidores cobram da atual direção da empresa uma revisão "com lupa" dos contratos, que envolvem a estatal e também empresas investigadas pela Polícia Federal, como a Queiroz Galvão e a Odebrecht.

Procurada, a Sete Brasil informou que a auditoria interna foi aberta "por iniciativa própria e proativamente" e tem como objetivo "apurar quaisquer irregularidades ocorridas nos processos". A Sete Brasil é uma sociedade anônima com capital fechado.

A estatal detém 9,7% de participação na empresa, como investidora e também como integrante de um fundo de participações desenhado apenas para a empresa.

O fundo é composto por bancos privados, como o BTG Pactual, e fundos de pensão de empresas públicas, como o Banco do Brasil, Petrobras e a Caixa Econômica Federal.

Fontes próximas aos investidores indicam que pelo menos um fundo já avalia deixar o negócio, em função dos problemas de gestão e do risco associado ao investimento.

A desconfiança dos investidores está relacionada às condições contratuais, alteradas após a assinatura dos primeiros acordos para a construção das sondas.

Para cada operação, a Sete Brasil constituiu uma sociedade de propósito específico sediada no exterior, em países como Holanda e Áustria.

Pelo desenho dos contratos, cabe aos acionistas - e não às empresas contratantes - o risco de investimento. Das 29 sondas já contratadas, apenas cinco estão em construção, embora mais de 30% do valor já tenha sido pago.

A empresa encontra dificuldade também para fechar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) as condições para liberação da primeira parcela de um empréstimo de R$ 10 bilhões.

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Amanhã, os principais acionistas da Sete Brasil se reúnem para discutir o andamento da auditoria interna aberta para apurar contratos de construção de sondas firmados desde 2010.

Barusco, que confessou ter recebido propina de fornecedores da Petrobras, foi diretor de Operações da empresa entre 2011 e 2013, quando deixou a Sete Brasil alegando problemas de saúde.

Antes, trabalhava na diretoria de engenheira e Serviços da estatal, um dos principais focos da Operação Lava Jato.

Na Sete Brasil, atuou na intermediação dos contratos de construção e aluguel de 29 sondas de perfuração, orçadas em US$ 25,5 bilhões.

A avaliação dos acionistas é que o clima na empresa é "tenso" diante das investigações e da proximidade de executivos da Sete Brasil com os envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras.

Os principais investidores cobram da atual direção da empresa uma revisão "com lupa" dos contratos, que envolvem a estatal e também empresas investigadas pela Polícia Federal, como a Queiroz Galvão e a Odebrecht.

Procurada, a Sete Brasil informou que a auditoria interna foi aberta "por iniciativa própria e proativamente" e tem como objetivo "apurar quaisquer irregularidades ocorridas nos processos". A Sete Brasil é uma sociedade anônima com capital fechado.

A estatal detém 9,7% de participação na empresa, como investidora e também como integrante de um fundo de participações desenhado apenas para a empresa.

O fundo é composto por bancos privados, como o BTG Pactual, e fundos de pensão de empresas públicas, como o Banco do Brasil, Petrobras e a Caixa Econômica Federal.

Fontes próximas aos investidores indicam que pelo menos um fundo já avalia deixar o negócio, em função dos problemas de gestão e do risco associado ao investimento.

A desconfiança dos investidores está relacionada às condições contratuais, alteradas após a assinatura dos primeiros acordos para a construção das sondas.

Para cada operação, a Sete Brasil constituiu uma sociedade de propósito específico sediada no exterior, em países como Holanda e Áustria.

Pelo desenho dos contratos, cabe aos acionistas - e não às empresas contratantes - o risco de investimento. Das 29 sondas já contratadas, apenas cinco estão em construção, embora mais de 30% do valor já tenha sido pago.

A empresa encontra dificuldade também para fechar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) as condições para liberação da primeira parcela de um empréstimo de R$ 10 bilhões.

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