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Sessão solene irá devolver mandato de Jango

O projeto em que foi declarada vago o cargo de presidente da República, então ocupado por Jango, foi aprovado no mês passado

João Goulart: na última sexta-feira os restos mortais do ex-presidente foram levados de volta para São Borja (RS) e foram enterrados com honras militares (Dick DeMarsico/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 21h35.

Brasília - Em uma sessão solene do Congresso Nacional na próxima quarta-feira (11) deputados e senadores vão devolver simbolicamente o mandato presidencial de João Goulart.

O projeto que anulou a sessão do Congresso de 2 de abril de 1964, em que foi declarada vago o cargo de presidente da República, então ocupado por Jango, foi aprovado no mês passado.

À época, o argumento para a perda de mandato foi que João Goulart havia fugido do Brasil. Para os autores do projeto, senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a vacância não poderia ter sido declarada, uma vez que João Goulart estava em solo brasileiro, e não no exterior.

Na última sexta-feira (6) os restos mortais do ex-presidente João Goulart, trazidos a Brasília para exames no Instituto Nacional de Criminalística (INC) do Departamento da Polícia Federal, foram levados de volta para São Borja (RS) e foram enterrados com honras militares.

O exame vai esclarecer se o ex-presidente foi vítima de um ataque cardíaco, em 1976, quando vivia no exílio, na Argentina, ou se foi assassinado pela ditadura militar.

O exame foi solicitado pela família de João Goulart depois que um ex-agente da repressão uruguaia disse que, na verdade, Jango havia sido envenenado.

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À época, o argumento para a perda de mandato foi que João Goulart havia fugido do Brasil. Para os autores do projeto, senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a vacância não poderia ter sido declarada, uma vez que João Goulart estava em solo brasileiro, e não no exterior.

Na última sexta-feira (6) os restos mortais do ex-presidente João Goulart, trazidos a Brasília para exames no Instituto Nacional de Criminalística (INC) do Departamento da Polícia Federal, foram levados de volta para São Borja (RS) e foram enterrados com honras militares.

O exame vai esclarecer se o ex-presidente foi vítima de um ataque cardíaco, em 1976, quando vivia no exílio, na Argentina, ou se foi assassinado pela ditadura militar.

O exame foi solicitado pela família de João Goulart depois que um ex-agente da repressão uruguaia disse que, na verdade, Jango havia sido envenenado.

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