(Cris Faga/Getty Images)
Clara Cerioni
Publicado em 20 de agosto de 2020 às 06h00.
Última atualização em 20 de agosto de 2020 às 06h10.
Prepare o cobertor, um chocolate quente e, se puder, ligue o aquecedor. O frio chega com força ao Brasil a partir desta quinta-feira, 20, e as temperaturas vão despencar até sábado, 22. A causadora de tanto frio é uma massa de ar polar que vem acompanhada de muita chuva, o que faz a sensação térmica ser ainda mais congelante.
Somente na capital paulista, as temperaturas caem 10ºC de um dia para o outro. Para esta quinta-feira, a mínima é de 8ºC e a máxima de 17ºC, com a possibilidade de chuvas isoladas, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O sábado será o dia mais frio, com mínima de 8ºC e máxima de 13ºC.
Nas regiões de maior altitude de São Paulo, como a Serra da Mantiqueira na divisa com Minas Gerais, há a previsão de geada e até - em uma possibilidade mais remota - de chuva congelada. O fenômeno se assemelha a neve mas ocorre quando a chuva não chega a congelar, é uma espécie de granizo úmido.
A notícia desta grande e intensa massa de ar polar causou alvoroço nesta semana, após uma previsão de neve para o estado de São Paulo, feita pelo MetSul. No dia seguinte, o serviço de meteorologia reavaliou os mapas e a possibilidade foi descartada.
Segundo o meteorologista do Inmet, Mamedes Luiz Melo, apesar de ser comum para esta época do ano, o que chama a atenção nesta massa de ar polar é o tamanho. Ela pega boa parte da América do Sul - incluindo Bolívia e o Paraguai - e derruba até as temperaturas nos estados do Acre e de Rondônia, tradicionalmente mais quentes. Rio Branco, que teve máxima de 37ºC na quarta-feira, 19, vai ter mínima de 17ºC na sexta.
A possibilidade de neve é alta apenas nas áreas serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O fenômeno chamou a atenção de turistas que esgotaram as reservas em hotéis catarinenses.
A Secretaria de Turismo do estado e a prefeitura de São Joaquim estão recomendando que apenas pessoas com reserva é que viagem até a cidade mais frias de Santa Catarina. O risco é de aglomerações em tempos de pandemia de covid-19.