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Sem chuvas, nível do Sistema Cantareira volta a cair

Outros três mananciais que abastecem a capital e Grande São Paulo também registraram queda no volume

Cantareira: o sistema opera com 6,9% da sua capacidade (Sabesp/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 11h40.

São Paulo - Após mais um dia sem chuvas , o nível do Sistema Cantareira voltou a cair 0,1 ponto porcentual nesta quinta-feira, 18, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ).

Outros três mananciais que abastecem a capital e Grande São Paulo também registraram queda no volume armazenado de água.

Responsável por atender 6,5 milhões de pessoas, o Cantareira opera com 6,9% da sua capacidade, já levando em conta a segunda cota do volume morto, com 105 bilhões de litros. No dia anterior, o reservatório estava com 7%.

O manancial se manteve estável pela última vez há exatamente uma semana, quando estava com 7,6% e havia chovido 18,1 milímetros sobre a região.

Segundo dados da Sabesp, a pluviometria acumulada neste mês é de apenas 41,2 milímetros, ou 18,65% da média histórica de dezembro.

Desde que a segunda cota do volume morto entrou no cálculo da companhia, no dia 24 de outubro, o sistema já reduziu quase à metade da capacidade, tendo perdido 6,7 pontos porcentuais.

Outros mananciais

Também sem registrar chuvas, o Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de habitantes, sofreu queda de 0,1 ponto porcentual. Nesta quinta, o reservatório opera com 10,5% da capacidade, ante 10,6% do dia anterior.

No último domingo, 14, o Alto Tietê recebeu seu primeiro volume morto, com 39,4 bilhões de litros. Antes de a cota ser adicionada, o reservatório estava com 4,1%, o menor nível já registrada desde a sua construção na década de 1990.

Os sistemas Rio Grande e Rio Claro também registraram queda de 0,3 ponto porcentual e estão, respectivamente, com 64,9% e 27,8% da capacidade.

Por sua vez, o Guarapiranga, responsável por abastecer 4,9 milhões de pessoas, se manteve estável com 35,9%, mesmo sem ter registrado chuvas sobre a região.

Já o Alto Cotia - o menor dos mananciais, que atende 410 mil pessoas - foi o único a registrar aumento no volume de água, subindo de 30,3% para 30,4%.

São Paulo – As chuvas já ficaram mais frequentes em São Paulo neste mês de novembro. Mesmo assim, dados da Sabesp mostram que o nível de água nos reservatórios que atendem a região metropolitana continua preocupante. Na sexta-feira, o Sistema Alto Tietê chegou a 4,2% de sua capacidade. O Cantareira atingiu 7,5%. Mesmo com a economia dos consumidores, a situação permanece crítica. Parte da explicação pode estar em números do governo federal. Em relatórios elaborados nos últimos anos, a Agência Nacional de Águas (ANA) constatou que o Brasil tem bastante capacidade de armazenamento de água. Porém, a maior parte de nossos recursos está na região amazônica, onde há poucos habitantes. Já em 2010, um documento da ANA previa que, até 2015, 55% dos municípios do país poderiam ter abastecimento deficitário. Veja nos slides acima esses e outros números que mostram o quadro do abastecimento de água no Brasil e evidenciam que esse deve ser um problema presente em nosso cotidiano nos próximos anos.
  • 2. Cidades que desperdiçam

    2 /2(Marcos Santos/ USP Imagens)

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    Responsável por atender 6,5 milhões de pessoas, o Cantareira opera com 6,9% da sua capacidade, já levando em conta a segunda cota do volume morto, com 105 bilhões de litros. No dia anterior, o reservatório estava com 7%.

    O manancial se manteve estável pela última vez há exatamente uma semana, quando estava com 7,6% e havia chovido 18,1 milímetros sobre a região.

    Segundo dados da Sabesp, a pluviometria acumulada neste mês é de apenas 41,2 milímetros, ou 18,65% da média histórica de dezembro.

    Desde que a segunda cota do volume morto entrou no cálculo da companhia, no dia 24 de outubro, o sistema já reduziu quase à metade da capacidade, tendo perdido 6,7 pontos porcentuais.

    Outros mananciais

    Também sem registrar chuvas, o Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de habitantes, sofreu queda de 0,1 ponto porcentual. Nesta quinta, o reservatório opera com 10,5% da capacidade, ante 10,6% do dia anterior.

    No último domingo, 14, o Alto Tietê recebeu seu primeiro volume morto, com 39,4 bilhões de litros. Antes de a cota ser adicionada, o reservatório estava com 4,1%, o menor nível já registrada desde a sua construção na década de 1990.

    Os sistemas Rio Grande e Rio Claro também registraram queda de 0,3 ponto porcentual e estão, respectivamente, com 64,9% e 27,8% da capacidade.

    Por sua vez, o Guarapiranga, responsável por abastecer 4,9 milhões de pessoas, se manteve estável com 35,9%, mesmo sem ter registrado chuvas sobre a região.

    Já o Alto Cotia - o menor dos mananciais, que atende 410 mil pessoas - foi o único a registrar aumento no volume de água, subindo de 30,3% para 30,4%.

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