São Paulo confirma segundo caso de varíola dos macacos
Homem, de 29 anos, está isolado em sua residência em Vinhedo, no interior do estado de São Paulo
Agência Brasil
Publicado em 11 de junho de 2022 às 17h01.
A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou hoje, 11, o segundo caso de varíola dos macacos, no estado. A doença foi detectada em um homem, de 29 anos, que está isolado em sua residência em Vinhedo, no interior do estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o caso é considerado importado, porque o homem tem histórico de viagem à Portugal e Espanha. Ele teve os primeiros sintomas ainda na Europa. O resultado positivo foi confirmado por um laboratório espanhol após o desembarque no Brasil, que ocorreu na última quarta-feira (8).
LEIA MAIS:
Varíola dos macacos: São Paulo investiga mais um caso suspeito da doença
OMS confirma mais de mil casos de varíola dos macacos onde doença não é endêmica
Em nota, o Ministério da Saúde informou que novas amostras do paciente foram coletadas e serão analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Na última quinta-feira (9), ogoverno paulista confirmou o primeiro caso no país: um morador da capital paulista que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, com boa evolução do quadro clínico.
Transmissão
A varíola dos macacos, em inglês, monkeypox, é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias.
A doença pode ser transmitida ainda pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente. Não há tratamento específico contra a doença, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessário o cuidado e observação das lesões.
De acordo com a Secretaria de Saúde, os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido utilizado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.
Medidas de controle
De acordo com o Ministério da Saúde, medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional, com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Foram identificados três pessoas que estão sendo contatadas para orientações e monitoramento", diz a nota.
O Ministério da Saúde ressalta ainda que a pasta estabeleceu, desde 23 de maio de 2022, umaSala de Situaçãopara monitorar o cenário do vírus, no Brasil. "A medida tem como objetivo divulgar de maneira rápida e eficaz as orientações para resposta ao evento de saúde pública, bem como direcionar as ações de vigilância quanto à definição de caso, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica no país", destacou.