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Salles diz que solicitou à OEA para que Venezuela explique origem de óleo

Governo ainda não descobriu a origem de óleo que tem atingido praias da região da região Nordeste

Salles: "Apesar desse esforço continuo e ininterrupto, desde o começo não tem sido possível identificar as manchas de óleo ainda no mar" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Salles: "Apesar desse esforço continuo e ininterrupto, desde o começo não tem sido possível identificar as manchas de óleo ainda no mar" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 21h46.

São Paulo — O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a dizer que a origem do petróleo que polui as praias do Nordeste brasileiro é de originário da Venezuela. Ele afirmou ainda que o governo solicitou à Organização dos Estados Americanos (OEA) que mandasse um ofício para que o regime de Nicolás Maduro explique de onde vem a substância. Salles fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na noite desta quarta-feira, 23.

"Amostras do material coletado foram analisadas em laboratórios especializados, que identificaram que esse material não foi extraído em território nacional, mas provem conforme demonstrado por analise técnica de poços e misturas de origem venezuelana", disse. "Desse modo, o presidente da República determinou que fosse encaminhada solicitação formal à OEA para que a Venezuela se manifeste sobre o material coletado."

Salles afirmou que as barreiras de contenção, colocadas no litoral nordestinos após determinação da Justiça, não se mostraram plenamente eficientes para deter o avanço da mancha.

O ministro ressaltou ainda que o governo tem usado satélites nacionais e estrangeiros para identificar a origem dos resíduos. "Apesar desse esforço continuo e ininterrupto, desde o começo não tem sido possível identificar as manchas de óleo ainda no mar, por se tratarem de um material pesado, que se movimenta cerca de um metro e meio abaixo do nível da superfície, impossibilitando a sua identificação e rastreamento, seja pelos sistemas de satélite e radar, ou mesmo na tentativa de visualização por barcos, aviões e helicópteros. Tal dificuldade faz com que as manchas de óleo somente sejam identificadas quando tocam a costa", disse.

Salles indicou que houve reforço para tentar limpar as praias e agradeceu o trabalho de voluntários.

"Torna-se ainda mais importante o papel desempenhado pelos mais de 3.500 homens inicialmente empregados pela Marinha, Ibama, Petrobras e demais órgãos federais, cujos quadros foram ainda complementados por inúmeros servidores de órgãos municipais e estaduais, bem como com a inestimável ajuda dos voluntários e entidades que prontamente se juntaram ao esforço de todos nessa importante missão. Recentemente, esse efetivo foi aumentado ainda mais com cinco mil homens das Forças Armadas", afirmou.

O ministro destacou as medidas que o governo tem tomado para a população afetada pelo óleo, entre as quais a liberação do seguro defeso aos pescadores.

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