Saída de Graça foi tardia para deputados da oposição
A renúncia da presidente da Petrobras repercutiu de forma diferente entre oposição e base governista. Oposicionistas dizem que a saída foi tardia
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 15h38.
A renúncia da presidente da Petrobras , Graça Foster , repercutiu diferentemente entre partidários da oposição e da base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados .
Para os oposicionistas, a saída de Graça, que ficou três anos à frente da maior empresa do país, foi tardia.
A saída foi anunciada hoje (4), por meio de nota divulgada pela empresa.
“Pedíamos desde setembro essa saída”, disse o líder do PSBD na Casa, Carlos Sampaio (SP), após o anúncio de que ela outros cinco diretores da petroleira haviam renunciado ao cargo. Segundo Sampaio, ela foi demitida por ter cumprido "a missão de limpar a barra do governo" nos casos de corrupção envolvendo a estatal.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a saída foi no momento oportuno de “foro íntimo”. Falcão disse que o mais importante é a “gente continuar fortalecendo a Petrobras, que é uma empresa que tem recursos, inclusive para o futuro do país. Há uma tentativa muito grande de desmerecer a Petrobras como empresa pública. Temos que manter as políticas de conteúdo nacional da Petrobras, que garantem empregos e garantem o crescimento do país”, defendeu o petista, para quem as críticas da oposição estão voltadas para privatizar a empresa e retirar da estatal a condição de "operadora única do pré-sal e do regime de partilha".
Em nota, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse que a insistência em manter Graça Foster na presidência gerou especulações de que ela foi conivente com os desmandos na empresa. “Primeiro, ela negou que houvesse qualquer tipo de irregularidade na estatal, e logo depois a denúncia do Ministério Público mostrou envolvimento de três ex-diretores: Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque”.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), rechaçou a afirmação da oposição de que houve demora na saída de Graça Foster. Segundo ele, apesar da saída já ser prevista, a renúncia só precipitou a mudança na diretoria, prevista para março.
“A Petrobras tinha um calendário próprio, que era a mudança do Conselho de Administração, e o prazo previsto era o de março. Na minha opinião, ela [Dilma Rousseff] iniciou o processo de mudança que resultou hoje na saída da Graça Foster”, minimizou.
Ontem, Graça Foster participou de reunião com a presidente Dilma Rousseff, e ao longo do dia alguns veículos de imprensa noticiaram a possibilidade da saída dela da presidência da Petrobras, em função do desgaste causado pelas denúncias de corrupção na empresa.
Segundo Teixeira, esse fator pesou em desfavor de Foster. “A descoberta da existência de um cartel na Petrobras fez com que a atual direção perdesse a governabilidade. Assim, é fundamental que uma empresa desse porte tenha outro tipo de governança que possa atravessar esse momento e fazer com que a Petrobras lidere o mercado de petróleo mundialmente, que é a sua vocação”, defendeu.
A definição sobre a nova diretoria da Petrobras ocorrerá na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, na próxima sexta-feira (6), segundo informou a empresa.
A renúncia da presidente da Petrobras , Graça Foster , repercutiu diferentemente entre partidários da oposição e da base de apoio ao governo na Câmara dos Deputados .
Para os oposicionistas, a saída de Graça, que ficou três anos à frente da maior empresa do país, foi tardia.
A saída foi anunciada hoje (4), por meio de nota divulgada pela empresa.
“Pedíamos desde setembro essa saída”, disse o líder do PSBD na Casa, Carlos Sampaio (SP), após o anúncio de que ela outros cinco diretores da petroleira haviam renunciado ao cargo. Segundo Sampaio, ela foi demitida por ter cumprido "a missão de limpar a barra do governo" nos casos de corrupção envolvendo a estatal.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a saída foi no momento oportuno de “foro íntimo”. Falcão disse que o mais importante é a “gente continuar fortalecendo a Petrobras, que é uma empresa que tem recursos, inclusive para o futuro do país. Há uma tentativa muito grande de desmerecer a Petrobras como empresa pública. Temos que manter as políticas de conteúdo nacional da Petrobras, que garantem empregos e garantem o crescimento do país”, defendeu o petista, para quem as críticas da oposição estão voltadas para privatizar a empresa e retirar da estatal a condição de "operadora única do pré-sal e do regime de partilha".
Em nota, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), disse que a insistência em manter Graça Foster na presidência gerou especulações de que ela foi conivente com os desmandos na empresa. “Primeiro, ela negou que houvesse qualquer tipo de irregularidade na estatal, e logo depois a denúncia do Ministério Público mostrou envolvimento de três ex-diretores: Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque”.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), rechaçou a afirmação da oposição de que houve demora na saída de Graça Foster. Segundo ele, apesar da saída já ser prevista, a renúncia só precipitou a mudança na diretoria, prevista para março.
“A Petrobras tinha um calendário próprio, que era a mudança do Conselho de Administração, e o prazo previsto era o de março. Na minha opinião, ela [Dilma Rousseff] iniciou o processo de mudança que resultou hoje na saída da Graça Foster”, minimizou.
Ontem, Graça Foster participou de reunião com a presidente Dilma Rousseff, e ao longo do dia alguns veículos de imprensa noticiaram a possibilidade da saída dela da presidência da Petrobras, em função do desgaste causado pelas denúncias de corrupção na empresa.
Segundo Teixeira, esse fator pesou em desfavor de Foster. “A descoberta da existência de um cartel na Petrobras fez com que a atual direção perdesse a governabilidade. Assim, é fundamental que uma empresa desse porte tenha outro tipo de governança que possa atravessar esse momento e fazer com que a Petrobras lidere o mercado de petróleo mundialmente, que é a sua vocação”, defendeu.
A definição sobre a nova diretoria da Petrobras ocorrerá na reunião do Conselho de Administração da Petrobras, na próxima sexta-feira (6), segundo informou a empresa.