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Sabesp cancela bônus em seis cidades do interior

Hortolândia, Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Morungaba e Paulínia não serão mais beneficiadas com descontos

Estação de Tratamento de Água da Sabesp (RICARDO CORREA / EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2015 às 19h37.

São Paulo - Na tentativa de amenizar o impacto da crise hídrica em suas receitas, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) encerrou o programa de bônus que dá descontos na conta para quem economizar água em seis cidades onde opera na região de Campinas. São elas: Hortolândia, Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Morungaba e Paulínia. Todas são abastecidas por rios que formam o Sistema Cantareira.

O fim do bônus já passa a vigorar nas faturas do mês de abril. O programa de que dá descontos de até 30% para quem reduzir o consumo de água em relação à média anterior à crise teve início da na região em junho do ano passado. Nesses municípios, também não haverá mais a cobrança de multa de até 50% para quem aumentar o consumo , que passou a vigorar em janeiro deste ano.

Segundo comunicado publicado pela Sabesp ontem no Diário Oficial, a medida ocorre "tendo em vista a situação hidrológica favorável da bacia do Rio Piracicaba na área de drenagem localizada a jusante (depois) dos reservatórios do Sistema Cantareira". O bônus e a multa, porém, continuam valendo nas cidades de Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pinhalzinho, Piracaia e Vargem, que também ficam na área do manancial.

Na última terça-feira, durante um seminário sobre a crise hídrica na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, já havia sinalizado com a possibilidade de "eliminar o bônus" onde, segundo ele, "não tem necessidade de economizar". Para o dirigente, "ninguém quer dar um incentivo à população a economizar excessivamente" e "ninguém quer que alguém sofra se não for necessário".

Com o retorno das chuvas nos meses de fevereiro e março, os rios da região de Piracicaba e Campinas chegaram a atingir uma vazão de 450 mil litros por segundo, 32 vezes mais do que os atuais 14 mil l/s que a Sabesp retirada do Cantareira para abastecer 5,6 milhões de pessoas na região metropolitana.O problema é como a região não possui represas, essa água foi embora pelos rios e as vazões tendem a cair significativamente nos próximos meses.

Segundo a companhia, o bônus, que teve início em fevereiro de 2014 na Grande São Paulo, resultou numa economia de 100 bilhões de litros em um ano. O volume representa mais da metade da capacidade do Sistema Guarapiranga: 171 bilhões de litros. Por outro lado, com os descontos na conta dados pelo programa, cuja adesão chegou a 81% dos clientes, de acordo com a Sabesp, a estatal deixou de arrecadar R$ 376,4 milhões no ano.

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São Paulo - Na tentativa de amenizar o impacto da crise hídrica em suas receitas, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) encerrou o programa de bônus que dá descontos na conta para quem economizar água em seis cidades onde opera na região de Campinas. São elas: Hortolândia, Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Morungaba e Paulínia. Todas são abastecidas por rios que formam o Sistema Cantareira.

O fim do bônus já passa a vigorar nas faturas do mês de abril. O programa de que dá descontos de até 30% para quem reduzir o consumo de água em relação à média anterior à crise teve início da na região em junho do ano passado. Nesses municípios, também não haverá mais a cobrança de multa de até 50% para quem aumentar o consumo , que passou a vigorar em janeiro deste ano.

Segundo comunicado publicado pela Sabesp ontem no Diário Oficial, a medida ocorre "tendo em vista a situação hidrológica favorável da bacia do Rio Piracicaba na área de drenagem localizada a jusante (depois) dos reservatórios do Sistema Cantareira". O bônus e a multa, porém, continuam valendo nas cidades de Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pinhalzinho, Piracaia e Vargem, que também ficam na área do manancial.

Na última terça-feira, durante um seminário sobre a crise hídrica na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, já havia sinalizado com a possibilidade de "eliminar o bônus" onde, segundo ele, "não tem necessidade de economizar". Para o dirigente, "ninguém quer dar um incentivo à população a economizar excessivamente" e "ninguém quer que alguém sofra se não for necessário".

Com o retorno das chuvas nos meses de fevereiro e março, os rios da região de Piracicaba e Campinas chegaram a atingir uma vazão de 450 mil litros por segundo, 32 vezes mais do que os atuais 14 mil l/s que a Sabesp retirada do Cantareira para abastecer 5,6 milhões de pessoas na região metropolitana.O problema é como a região não possui represas, essa água foi embora pelos rios e as vazões tendem a cair significativamente nos próximos meses.

Segundo a companhia, o bônus, que teve início em fevereiro de 2014 na Grande São Paulo, resultou numa economia de 100 bilhões de litros em um ano. O volume representa mais da metade da capacidade do Sistema Guarapiranga: 171 bilhões de litros. Por outro lado, com os descontos na conta dados pelo programa, cuja adesão chegou a 81% dos clientes, de acordo com a Sabesp, a estatal deixou de arrecadar R$ 376,4 milhões no ano.

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