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‘Rolezeiros’ se filiam a entidade ligada ao PCdoB

Três dos principais organizadores dos encontros se filiaram à União da Juventude Socialista (UJS), entidade do partido


	Policiais dispersam jovens durante "rolezinho" no Shopping Metrô Itaquera, neste sábado (11): o principal líder, porém, demonstra não ter entendido muito bem a proposta do grupo ao qual se filiou
 (Reprodução/Youtube)

Policiais dispersam jovens durante "rolezinho" no Shopping Metrô Itaquera, neste sábado (11): o principal líder, porém, demonstra não ter entendido muito bem a proposta do grupo ao qual se filiou (Reprodução/Youtube)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 09h02.

São Paulo - A polêmica em torno dos "rolezinhos" de jovens da periferia em shoppings de São Paulo começa a ganhar contornos partidários. Três dos principais organizadores dos encontros combinados pela internet se filiaram nesta quarta-feira, 29, à União da Juventude Socialista (UJS), entidade que representa a juventude do PCdoB e dirige a União Nacional dos Estudantes (UNE).

A ponte entre os jovens e a organização, que foi fundada em 1984 pelo então líder estudantil Aldo Rebelo, atual ministro dos Esportes, foi feita pelo secretário de Igualdade Racial da prefeitura paulistana, Netinho de Paula, que integra o partido. Ele foi escalado pelo prefeito Fernando Haddad (PT) para negociar um acordo entre os "rolezeiros" e os comerciantes que reclamam do movimento.

A filiação do trio aconteceu durante o seminário nacional de formação política da UJS. Também participaram do evento os ex-ministros Luiz Dulci e Orlando Silva, e Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB.

"A nossa aproximação com eles reforça nossa atuação na periferia", afirmou Camila Lima, presidente da UJS paulistana.

Apesar do entusiasmo da UJS, o principal líder dos "rolezeiros" demonstra não ter entendido muito bem a proposta do grupo ao qual se filiou.

"Eu não sabia que era um grupo político. Eles disseram que a UJS é um grupo de amigos e que ela não tem nada a ver com partido. Se tiver, eu vou me afastar", disse ao 'Estado' o estudante Vinicius Andrade, de 17 anos, morador do Capão Redondo, zona sul de São Paulo.

Com quase cem mil seguidores no Facebook, ele afirma que os polêmicos encontros não têm o objetivo de fazer uma denúncia social. "Nosso objetivo é curtir, tirar umas fotos e dar uns beijos. Não queremos saber de política. A gente não queria essa polêmica toda", disse Vinicius.

O estudante admite, porém, que pode "dar uma força" para Netinho de Paula em sua campanha para deputado. O secretário, reeleito vereador e candidato ao Senado em 2010, é a principal aposta do PCdoB na disputa por uma vaga na Câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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