RJ amplia quarentena até 11 de maio e avalia "lockdown" contra covid-19
Com sistema de saúde em colapso e "curva descontrolada de casos", estado avalia bloquear totalmente a circulação de pessoas para conter avanço da doença
Isabela Rovaroto
Publicado em 30 de abril de 2020 às 09h27.
Última atualização em 30 de abril de 2020 às 11h12.
Com 8.869 casos confirmados e 794 mortes pelo novo coronavírus, o governador do Rio de Janeiro , Wilson Witzel (PSC), ampliou para 11 de maio a quarentena em todo o estado.
Na capital, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) estendeu o isolamento social para 15 de maio. As decisões foram publicadas no Diário Oficial desta quinta-feira, 30.
Nas próximas semanas, somente serviços essenciais (supermercados, açougues, padarias, lanchonetes, hortifrutis, farmácias e lojas de conveniência) poderão funcionar, cumprindo medidas de segurança e de distanciamento social.
Com o sistema de saúde em colapso, e uma fila de mais de 300 pessoas esperando vaga na UTI, o Rio de Janeiro é o segundo estado com mais casos da doença, atrás apenas de São Paulo.
Em entrevista à rádio CBN, o secretário da Saúde, Edmar Santos, disse que o estado considera adotar um " lockdown ", ou seja, um bloqueio total da circulação das pessoas além de fechamento das divisas entre cidades e os estados vizinhos.
Segundo Santos, há "curva descontrolada" de novos casos no Rio e, se a população continuar a desrespeitar as recomendações de isolamento social, um "lockdown" poderá ser necessário.