Passeata pelo direito à manifestação, contra o governo do estado e a Copa do Mundo, percorre a Avenida Rio Branco (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2014 às 18h56.
Rio de Janeiro - O cinturão de segurança formado por policiais militares ao redor do Maracanã durante a Copa do Mundo será 70 por cento maior do que o empregado na Copa das Confederações no ano passado, segundo a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro.
Ao todo, serão destacados para o entorno do estádio do Maracanã no Mundial 2.372 homens da PM, contra 1.350 policiais durante a Copa das Confederações.
"A Copa é um evento muito maior que a Copa das Confederações, que já foi um espelho para a Secretaria de Segurança, mas a possibilidade de protestos e manifestações também justificam esse aumento", disse à Reuters nesta quinta-feira uma fonte do governo do Rio, sob condição de anonimato.
No ano passado, manifestantes que protestavam contra o aumento nas passagens de ônibus e outras demandas sociais entraram em confronto com policiais do lado de fora dos estádios.
O cheiro do gás de pimenta e lacrimogêneo usado pelos policiais para conter manifestantes chegou a ser sentido dentro da arena no Rio. Depois do tumulto do primeiro jogo da Copa das Confederações, o cinturão de segurança ao redor do estádio foi ampliado pelas forças de segurança.
Segundo o planejamento da Copa, a Polícia Civil contará com Núcleo de Atendimento aos Turistas Estrangeiros nas delegacias de áreas de interesse do evento com 156 policiais proficientes em línguas estrangeiras. Haverá ainda uma efetivo de reserva durante a Copa para eventuais tumultos e confusões. Ao todo, serão 2.580 homens de prontidão para as eventualidades.
Durante o Mundial, folgas e licenças de policiais devem ser suspensas.
Após a Copa das Confederações, a PM do Rio de Janeiro anunciou a criação de um batalhão especial para grandes eventos. A ação policial, por vezes truculenta em manifestações, e o despreparo de alguns policiais resultaram nesse batalhão especial.