Réu da Chacina de Unaí confessa ter atirado nas vítimas
Erinaldo de Vasconcelos Silva também disse que o crime foi encomendado pelo fazendeiro Norberto Mânica mediante pagamento de R$ 50 mil ao trio
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2013 às 12h51.
Brasília – Erinaldo de Vasconcelos Silva, um dos oito acusados de participar do assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho , confessou ter atirado nas vítimas da chamada Chacina de Unaí, ocorrida em 28 de janeiro de 2004. Ele é um dos três réus do caso que estão sendo julgados em tribunal do júri iniciado, terça-feira (27), em Belo Horizonte .
Além de admitir ter participado do crime, Silva confirmou perante os jurados que Rogério Allan Rocha Rios e William Gomes de Miranda, que também estão sendo julgados agora, participaram dos assassinatos. O réu também disse que o crime foi encomendado pelo fazendeiro Norberto Mânica mediante pagamento de R$ 50 mil ao trio. Segundo o réu, o fazendeiro ainda lhe ofereceu dinheiro para sustentar a versão de que foi crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
Na quarta-feira (29), outro réu do processo, o empresário Hugo Alves Pimenta, ao depor como testemunha, também disse que Norberto Mânica encomendou a contratação de matadores de aluguel para assassinar os fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira.
Pimenta, que não está sendo julgado nesta etapa, responde pelo crime de homicídio doloso triplamente qualificado e está colaborando com a Justiça em troca do benefício da delação premiada. Os assassinatos ocorreram em 28 de janeiro de 2004, na cidade de Unaí (MG).
Silva, Rios e Miranda são acusados pelo Ministério Público Federal de serem os executores dos crimes. Como estão presos em caráter preventivo desde 2004, os três estão sendo julgados agora, separadamente dos outros cinco réus que respondem ao processo em liberdade e são acusados de planejar a emboscada e o assassinato dos quatro servidores públicos.
Segundo a acusação, os três foram contratados por Francisco Elder Pinheiro, que morreu em janeiro deste ano, aos 77 anos de idade. Outros quatro réus que respondem ao processo em liberdade devem ir a julgamento no próximo dia 17 de setembro.
Além de Norberto Mânica e de Hugo Pimenta, também serão julgados José Alberto de Castro (empregado de Pimenta) e Humberto Ribeiro dos Santos. A expectativa é que o fazendeiro Antério Mânica, irmão de Norberto, também vá a julgamento no mesmo dia.
Rios e Miranda também foram ouvidos ontem (30), terceiro dia da sessão de julgamento dos três primeiros réus.
O primeiro negou as acusações, insistindo na versão de que, no dia do crime, estava em Salvador, participando da festa de aniversário do pai de sua então namorada, Rosedalva Gonçalves. Quarta-feira (29), Rosedalva, Paulo Rodolfo Rocha Rios, irmão do réu, e outras duas testemunhas já haviam dito que Rios esteve presente à comemoração.
Não foram, contudo, apresentadas fotos que confirmassem tal versão, fato explorado pela acusação.
Último réu a prestar depoimento, Miranda negou ter participado dos assassinatos. Alegando ter recebido ameaças de morte, ele reivindicou o direito de ficar calado para preservar a vida.
A sessão foi encerrada ontem por volta das 22h30 e retomada na manhã de hoje (30). A intenção da juíza federal Raquel Vasconcelos Alves de Lima, que preside o júri, é concluir o julgamento anunciando a sentença ainda hoje. Servidores da sede da Justiça Federal em Belo Horizonte, porém, estão preparados para avançar pela madrugada de sábado (31) trabalhando.
Brasília – Erinaldo de Vasconcelos Silva, um dos oito acusados de participar do assassinato de três auditores fiscais do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho , confessou ter atirado nas vítimas da chamada Chacina de Unaí, ocorrida em 28 de janeiro de 2004. Ele é um dos três réus do caso que estão sendo julgados em tribunal do júri iniciado, terça-feira (27), em Belo Horizonte .
Além de admitir ter participado do crime, Silva confirmou perante os jurados que Rogério Allan Rocha Rios e William Gomes de Miranda, que também estão sendo julgados agora, participaram dos assassinatos. O réu também disse que o crime foi encomendado pelo fazendeiro Norberto Mânica mediante pagamento de R$ 50 mil ao trio. Segundo o réu, o fazendeiro ainda lhe ofereceu dinheiro para sustentar a versão de que foi crime de latrocínio (roubo seguido de morte).
Na quarta-feira (29), outro réu do processo, o empresário Hugo Alves Pimenta, ao depor como testemunha, também disse que Norberto Mânica encomendou a contratação de matadores de aluguel para assassinar os fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira.
Pimenta, que não está sendo julgado nesta etapa, responde pelo crime de homicídio doloso triplamente qualificado e está colaborando com a Justiça em troca do benefício da delação premiada. Os assassinatos ocorreram em 28 de janeiro de 2004, na cidade de Unaí (MG).
Silva, Rios e Miranda são acusados pelo Ministério Público Federal de serem os executores dos crimes. Como estão presos em caráter preventivo desde 2004, os três estão sendo julgados agora, separadamente dos outros cinco réus que respondem ao processo em liberdade e são acusados de planejar a emboscada e o assassinato dos quatro servidores públicos.
Segundo a acusação, os três foram contratados por Francisco Elder Pinheiro, que morreu em janeiro deste ano, aos 77 anos de idade. Outros quatro réus que respondem ao processo em liberdade devem ir a julgamento no próximo dia 17 de setembro.
Além de Norberto Mânica e de Hugo Pimenta, também serão julgados José Alberto de Castro (empregado de Pimenta) e Humberto Ribeiro dos Santos. A expectativa é que o fazendeiro Antério Mânica, irmão de Norberto, também vá a julgamento no mesmo dia.
Rios e Miranda também foram ouvidos ontem (30), terceiro dia da sessão de julgamento dos três primeiros réus.
O primeiro negou as acusações, insistindo na versão de que, no dia do crime, estava em Salvador, participando da festa de aniversário do pai de sua então namorada, Rosedalva Gonçalves. Quarta-feira (29), Rosedalva, Paulo Rodolfo Rocha Rios, irmão do réu, e outras duas testemunhas já haviam dito que Rios esteve presente à comemoração.
Não foram, contudo, apresentadas fotos que confirmassem tal versão, fato explorado pela acusação.
Último réu a prestar depoimento, Miranda negou ter participado dos assassinatos. Alegando ter recebido ameaças de morte, ele reivindicou o direito de ficar calado para preservar a vida.
A sessão foi encerrada ontem por volta das 22h30 e retomada na manhã de hoje (30). A intenção da juíza federal Raquel Vasconcelos Alves de Lima, que preside o júri, é concluir o julgamento anunciando a sentença ainda hoje. Servidores da sede da Justiça Federal em Belo Horizonte, porém, estão preparados para avançar pela madrugada de sábado (31) trabalhando.