Renan Calheiros: para ele, petição online que pede o seu impeachment mostra que sociedade quer um Congresso mais preocupado com os problemas dos cidadãos (Marcos Oliveira/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 12h35.
São Paulo - Depois de uma petição online que conseguiu quase 500 mil assinaturas pedindo que Renan Calheiros não fosse eleito presidente do Senado, e outra que já soma 1,5 milhão de assinantes pedindo seu impeachment, o senador finalmente respondeu, em nota, aos manifestos.
Apesar das petições o atingirem diretamente, Renan considerou o movimento "lícito e saudável".
O senador afirmou ainda que a importância dos abaixo-assinados é "a mensagem", e não o número de assinaturas. Segundo ele, a mensagem seria que as pessoas querem um "Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos cidadãos". O político garante que isso será feito.
Na nota, divulgada no fim da tarde da última sexta-feira, Renan relembra seu passado no movimento estudantil, afirmando que ele também usou as "ferramentas da época" para fazer pressão.
O senador ainda promete levar adiante propostas e reformas necessárias para o desenvolvimento do Brasil.
Confira a nota na íntegra:
"A mobilização na Internet é lícita e saudável, principalmente, entre os jovens. Fui líder estudantil, todos sabem, e também usei as ferramentas da época para pressionar. O número de assinaturas não é tão importante quanto a mensagem, o que importa é saber que a sociedade quer um Congresso mais ágil e preocupado com os problemas dos cidadãos. E assim o será.
O Congresso Nacional vai trabalhar para garantir o maior desenvolvimento do Brasil. Vou conversar na segunda-feira com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, para que possamos colocar em votação as matérias necessárias ao crescimento do país, de forma sustentável e duradoura.
Temos que tornar o Brasil mais fácil, fazer a reforma tributária, política, propor medidas de combate à criminalidade, enfrentar a questão dos vetos.
Do ponto de vista administrativo, teremos no Senado uma gestão austera, com corte de gastos, transparência e o fim da redundância de estruturas.
Vamos convidar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para avaliar como, juntos, poderemos ajudar a economia do país, ajudar na geração de empregos e renda e afastar o fantasma da inflação.
Nas últimas décadas, o Brasil avançou bastante nos conceitos modernos, ganhamos prestígio internacional. E o Congresso Nacional teve papel decisivo nesse processo. Não podemos recuar no tempo e abrir mão dos avanços conquistados.
Renan Calheiros
Presidente do Senado Federal"