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Reforma política causou maior derrota do PT, diz líder

Após as manifestações de junho, o governo tentou emplacar no Congresso um plebiscito para reforma política com novas regras para as eleições de 2014

José Guimarães: "Se tem uma derrota foi essa. Não conseguimos [PT] construir uma maioria" (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 14h46.

Brasília - O líder do PT na Câmara dos Deputados , José Guimarães (CE), classificou o enterro da reforma política como a maior derrota do partido no Congresso.

"Se tem uma derrota foi essa. Não conseguimos construir uma maioria", admitiu o líder, em encontro para apresentar um balanço dos trabalhos da sigla em 2013.

Após as manifestações de junho, o governo tentou emplacar no Congresso um plebiscito para reforma política com novas regras para as eleições de 2014, mas o PT não conseguiu ir além da coleta de assinaturas para um decreto legislativo convocando a consulta pública. O decreto nunca foi pautado para votação em plenário.

Falando em "frustração", Guimarães criticou a minirreforma eleitoral aprovada no Parlamento e reclamou da dificuldade em discutir o assunto mesmo após a onda de protestos do meio do ano. "Tem uma força surda aqui dentro que não quer fazer a reforma", concluiu.

Na avaliação do petista, 2013 será marcado como sendo um ano de "duro debate político" na Casa e de tensionamento com o governo e a própria base governista, em especial com o PMDB do líder Eduardo Cunha (RJ). Segundo ele, com a ajuda do PT, o governo conseguiu recompor sua base aliada.

Para o deputado, o enfrentamento entre aliados e a prisão dos condenados do Mensalão colaboraram para unir o PT. A aprovação da Medida Provisória (MP) dos Portos foi considerada por ele como o "teste" da bancada e de sua liderança.

A prisão e a renúncia de José Genoino, irmão de Guimarães, foram apontados por ele como os momentos mais duros vividos em 2013.

O petista citou o estremecimento da relação com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), no encaminhamento do processo, que poderia ter culminado com a cassação do mandato de Genoino em plenário. Genoino se antecipou ao processo e apresentou sua renúncia.

"Na política sempre ficam marcas. Tem cicatrizes que saem, outras que não", afirmou. Apesar do episódio e das divergências sobre o encaminhamento de algumas matérias na Casa, Guimarães comparou a relação com Alves a uma corda, onde ela "estica, mas não quebra".

Em 2014, Guimarães deve assumir a relatoria de um grupo de trabalho a ser criado no Parlamento para discutir a reforma tributária. Os desafios do próximo ano, na avaliação do petista, são votar no primeiro semestre o Marco Civil da Internet e concluir a aprovação do novo Código de Processo Civil (CPC).

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Brasília - O líder do PT na Câmara dos Deputados , José Guimarães (CE), classificou o enterro da reforma política como a maior derrota do partido no Congresso.

"Se tem uma derrota foi essa. Não conseguimos construir uma maioria", admitiu o líder, em encontro para apresentar um balanço dos trabalhos da sigla em 2013.

Após as manifestações de junho, o governo tentou emplacar no Congresso um plebiscito para reforma política com novas regras para as eleições de 2014, mas o PT não conseguiu ir além da coleta de assinaturas para um decreto legislativo convocando a consulta pública. O decreto nunca foi pautado para votação em plenário.

Falando em "frustração", Guimarães criticou a minirreforma eleitoral aprovada no Parlamento e reclamou da dificuldade em discutir o assunto mesmo após a onda de protestos do meio do ano. "Tem uma força surda aqui dentro que não quer fazer a reforma", concluiu.

Na avaliação do petista, 2013 será marcado como sendo um ano de "duro debate político" na Casa e de tensionamento com o governo e a própria base governista, em especial com o PMDB do líder Eduardo Cunha (RJ). Segundo ele, com a ajuda do PT, o governo conseguiu recompor sua base aliada.

Para o deputado, o enfrentamento entre aliados e a prisão dos condenados do Mensalão colaboraram para unir o PT. A aprovação da Medida Provisória (MP) dos Portos foi considerada por ele como o "teste" da bancada e de sua liderança.

A prisão e a renúncia de José Genoino, irmão de Guimarães, foram apontados por ele como os momentos mais duros vividos em 2013.

O petista citou o estremecimento da relação com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), no encaminhamento do processo, que poderia ter culminado com a cassação do mandato de Genoino em plenário. Genoino se antecipou ao processo e apresentou sua renúncia.

"Na política sempre ficam marcas. Tem cicatrizes que saem, outras que não", afirmou. Apesar do episódio e das divergências sobre o encaminhamento de algumas matérias na Casa, Guimarães comparou a relação com Alves a uma corda, onde ela "estica, mas não quebra".

Em 2014, Guimarães deve assumir a relatoria de um grupo de trabalho a ser criado no Parlamento para discutir a reforma tributária. Os desafios do próximo ano, na avaliação do petista, são votar no primeiro semestre o Marco Civil da Internet e concluir a aprovação do novo Código de Processo Civil (CPC).

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