Refis e fatiamento de denúncia dominam a pauta da Câmara
ÀS SETE - Além da urgência para votar o refinanciamento de tributos, a agenda da Casa nesta quarta-feira também vai entrar na pauta da CPI da JBS
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2017 às 06h18.
Última atualização em 27 de setembro de 2017 às 07h13.
A Câmara dos Deputados terá atividade demais em pouco tempo. Além da CPI da JBS , os deputados federais devem decidir nesta quarta-feira quem será o relator e qual será o rito da nova denúncia contra o presidente Michel Temer, além de tentar votar o Refis.
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendia que a denúncia contra o presidente fosse pauta única no Congresso. Diz que o assunto é urgente, mas sabe da pressa que o governo tem em enterrar o assunto para tentar aprovar uma (ainda que magra) reforma da Previdência.
O mesmo Maia admitiu no EXAME Fórum 2017 que, passado o mês de outubro, é praticamente impossível pensar em reforma do sistema de aposentadorias. Sendo 2018 um ano eleitoral e a Previdência uma agenda desgastante, não haveria a mínima disposição de apreciá-la ano que vem.
A leitura da denúncia, que faz parte do trâmite regimental da acusação, aconteceu durante toda a tarde de ontem. Nesta quarta, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), escolherá um nome para a relatoria e discutirá o fatiamento da denúncia entre os envolvidos em organização criminosa e obstrução de Justiça.
Foi protocolada uma proposta de partidos de oposição para que seja “melhor apurada” a conduta dos envolvidos em cada crime. O governo, claro, é contra. Com o fatiamento, são duas lutas para vencer, em vez de uma.
Enquanto isso, o governo precisa trabalhar para que a medida provisória do Refis, refinanciamento de tributos devidos pelas empresas, não perca a validade.
O Congresso precisa aprovar a MP 783, de 31 de maio, até sexta-feira, mas a intenção era apreciar até esta quarta. Há uma pendência aberta sobre a porcentagem do desconto na multa a quem aderir ao programa.
Parlamentares querem até 70%, mas a equipe econômica resiste. A medida é crucial para evitar mais contingenciamento para cumprir o déficit de 159 bilhões de reais previsto para esse ano.