Rede pede afastamento de Renan da presidência do Senado
Em julgamento na semana passada, o senador se tornou réu no Supremo Tribunal Federal por crime de peculato e tem seu cargo ameaçado.
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de dezembro de 2016 às 18h05.
São Paulo - Autor da ação que questiona no Supremo Tribunal Federal (STF) se políticos que são réus podem estar na linha sucessória da Presidência da República, o partido Rede Sustentabilidade pede o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. Renan é um dos principais alvos das manifestações pelo país neste domingo (4).
Em julgamento na semana passada, o senador se tornou réu no Supremo Tribunal Federal por crime de peculato e tem seu cargo ameaçado se a Corte entender que ele não pode presidir a Casa por causa dos processos em que é investigado.
A ação impetrada pela Rede já tem votos da maioria dos ministros do Supremo entendendo que réus não podem estar na sucessão, mas teve um pedido de vistas do ministro Dias Toffoli e não há data para que o julgamento seja retomado.
O porta-voz nacional da Rede, José Gustavo Fávaro Barbosa, afirmou em nota, que a legenda espera garantir a possibilidade de Renan Calheiros sair da linha sucessória.
"Já emplacamos a prisão do Cunha com a cassação dele na Câmara e agora é garantir essa possibilidade do Renan Calheiros sair dessa linha sucessória. Isso mostra que a Rede atua de forma diferente pela política do País e não somente nas urnas", disse.
Marina Silva
A ex-senadora e líder do partido Rede Sustentabilidade, Marina Silva, divulgou um artigo defendendo as manifestações realizadas neste domingo em apoio à Operação Lava Jato.
Para Marina, as dez medidas de combate à corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal (MPF), foram "atropeladas" para atender a "interesses pessoais e partidários mesquinhos."
Em nome da Rede, Marina Silva afirmou que o partido apoia as investigações da Operação Lava Jato. Ela também defendeu a adoção das dez medidas como forma de institucionalizar o combate à corrupção pelo patamar de dar um fim à "quase certeza de impunidade".
"Para isso, é fundamental abraçar essas propostas e lhes dar cada vez mais a musculatura do apoio social, bem como à consolidação dos trabalhos da operação Lava Jato", diz o artigo.