Senado: Delcídio está detido desde o dia 25 de novembro (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 21h57.
São Paulo - A Rede e o PPS entraram nesta terça-feira com uma representação no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo na Casa preso no âmbito da operação Lava Jato, por quebra de decoro parlamentar.
Delcídio está detido desde o dia 25 de novembro, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentar obstruir o andamento da operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.
O PSDB entregou ao Conselho de Ética carta de apoio à representação da Rede e do PPS, segundo a Agência Senado.
Delcídio foi preso acusado de oferecer dinheiro, influência política junto ao STF e até uma rota de fuga ao ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio dele na Lava Jato.
A decisão do STF de prender o senador foi referendada pelo plenário do Senado também no dia 25 de novembro.
Uma conversa de Delcídio com o filho de Cerveró em um hotel de Brasília foi gravada e, no áudio, o parlamentar aparece fazendo as ofertas para o filho do ex-diretor da estatal, responsável pela gravação.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que Delcídio "traiu" a confiança do partido e o governo da presidente Dilma Rousseff. A Executiva petista se reunirá na sexta-feira para decidir que medidas tomar contra o senador.
Dilma, por sua vez, se disse "extremamente perplexa" com o episódio envolvendo seu então líder e afirmou não temer uma eventual delação premiada de Delcídio.