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Recursos de segurança elevam custo de produção das novas notas de R$ 50 e R$ 100

Segunda geração da família de cédulas do real começa a entrar em circulação, por meio dos bancos, amanhã

Novas notas de real: Em 2011, será a vez das notas de R$ 10 e de R$ 20 e, a partir de 2012, começará a substituição das notas de R$ 2 e de R$ 5 (Zolotov/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 13h32.

Brasília - As novas cédulas que entram em circulação amanhã (13) vão custar mais caro para serem produzidas. Segundo o Banco Central (BC), a nota de R$ 50 custará 32% a mais do que o gasto para produzir a cédula da primeira família do real, que é de R$ 180,48 por milheiro de cédulas. No caso da nota de R$ 100, o custo é 37,1% maior do que o da primeira família. Segundo o BC, o aumento "é devido à aquisição de insumos mais sofisticados de segurança".

A durabilidade das novas notas de R$ 50 e R$ 100 é semelhante à da primeira família, em média de três anos e oito meses e cinco anos, respectivamente.

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A segunda geração da família de cédulas do real começa a entrar em circulação, por meio dos bancos, amanhã. Segundo a assessoria de imprensa do BC, cada banco vai definir como será feita a distribuição das novas notas.

Em 2011, será a vez das notas de R$ 10 e de R$ 20 e, por último, a partir de 2012, começará a substituição das notas de R$ 2 e de R$ 5. De acordo com o BC, as duas notas de maior valor são as que demandam maior proteção contra tentativas de falsificação e, por isso, estão sendo lançadas antes das demais. Mais de 70% das cédulas falsas apreendidas no país são de R$ 50 e de R$ 100.

"As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas atuais continuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural", informou o BC, em nota.

Na página do banco na internet, a autoridade monetária avisa que "não há necessidade de trocar as notas antigas por novas na rede bancária, pois as duas famílias conviverão em circulação por prazo indeterminado".

A necessidade de dar mais segurança às notas foi a justificativa do BC para a criação da nova família de dinheiro de papel. "Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e elementos antifalsificação mais modernos, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos".

Para lançar as novas cédulas, a Casa da Moeda teve que investir em equipamentos de impressão, pois as atuais cédulas são impressas em máquinas com mais de 30 anos de uso.

Segundo o BC, "os novos equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais complexos e com maior precisão, aumentando a percepção de um material de qualidade superior. Alguns elementos já presentes na primeira família – como a marca d’água e o número escondido – foram redesenhados de modo a facilitar a sua verificação pela população".

Outra mudança está na diferença de tamanho das notas, para garantir o uso seguro pelos deficientes visuais. Além disso, a adoção de tamanhos diferenciados inibe a tentativa de falsificação por lavagem química, uma técnica que consiste em apagar a impressão de uma nota de menor valor e imprimir no papel-moeda lavado a estampa de uma nota de maior valor.

Os deficientes visuais também poderão contar com as marcas táteis, que são barras em alto-relevo localizadas no canto direito inferior das notas.

Segundo o BC, nas notas de R$ 50 e de R$ 100 "a maior novidade é a faixa holográfica, composta por desenhos descontínuos que, ao serem movimentados, apresentam efeitos de alternância de cores e formas". Os demais elementos de segurança também são de fácil visualização: marca d’água, que apresenta o valor da nota e a imagem do animal, e o número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos.

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