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Recolhido em casa, Bolsonaro recebe apoio na véspera da eleição

Nas janelas de apartamentos nas redondezas, há bandeiras do Brasil e faixas em apoio a Bolsonaro

Candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (Reuters/Reuters)

Candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (Reuters/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de outubro de 2018 às 15h07.

Na entrada do condomínio número 3.100 da Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, uma dezena de apoiadores do candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, não arredam o pé, mesmo com a chuva fina e contínua que cai sobre o Rio de Janeiro. Ali o candidato descansa em casa às vésperas do primeiro turno das eleições que ocorre neste domingo (7).

Além dos apoiadores, vez ou outra eleitores de passagem param para fazer um registro em vídeo ou foto na frente do condomínio onde mora o candidato. Alguns deles vestem camisas com a foto do candidato e a palavra "mito". Eventualmente, buzinas vindas de veículos que transitam na via também soam como sinal de apoio. Nas janelas de apartamentos nas redondezas, há bandeiras do Brasil e faixas em apoio a Bolsonaro.

Reações

Na orla da praia, em meio a edifícios de luxo, Bolsonaro tem ao seu redor uma rede de apoiadores. Na Avenida Lúcio Costa, na entrada do condomínio em que há um carro de polícia, um vendedor de camisas e bandeiras do Brasil, o mineiro André Luiz dos Santos, anuncia greve de fome em protesto pela atual situação do país.

"Estou aqui pelo Brasil", disse André Santos com uma marmita na mão ao lado do banner no qual estão fotografias de Bolsonaro e do juiz Sérgio Moro. "Precisamos mudar a situação para não virarmos uma Venezuela, uma ditadura, que é o que nós não queremos. O brasileiro precisa saber votar. Vim da cidade de Ponte Nova, em Minas Gerais, e fiz uma greve de fome de três dias e meio. Encerrei agora."

Roberto da Silva Pereira, militar da reserva da FAB, está em frente ao condomínio de Bolsonaro para entregar ao candidato um quadro que pintou em sua homenagem. Não conseguiu ser recebido, mas se disse satisfeito pela oportunidade de fazer chegar às mãos dele a obra que levou três dias para fazer.

Recolhido

Bolsonaro tem ficado recolhido em sua residência desde que chegou ao Rio de Janeiro, no último sábado (29), após receber alta do Hospital Albert Einstein, São Paulo. Na capital paulista, ele se recuperava de duas cirurgias que fez depois de ser atingindo por uma facada, em Juiz de Fora, Minas Gerais, há exatamente um mês.

A orientação médica, segundo sua campanha, é para o candidato se manter em repouso e evitar falar por muito tempo, razão pela qual ele declinou o convite para o último debate televisivo com os candidatos feito pela TV Globo, há dois dias. Na mesma data, porém, ele recebeu a equipe da TV Record para uma entrevista em sua casa, veiculada simultaneamente ao debate.

O candidato tem feito campanha pelas redes sociais. Hoje, ele publicou um post em que defendeu a punição mais firme contra criminosos e aqueles que desafiam as leis.

A ausência de Bolsonaro nos debates aparentemente não causou impactos à sua imagem. Ele chega às eleições na dianteira das pesquisas de intenção de votos tendo participado de apenas dois debates televisivos e sem atividades de campanha na rua desde que sofreu o ataque em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro.

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