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"Receita não pode ser convertida numa Gestapo", afirma Gilmar Mendes

Sendo alvo de investigação da instituição, ministro do Supremo comparou o órgão à polícia do regime nazista

Gilmar Mendes: Ministro pediu providências ao presidente do STF ao tomar conhecimento de investigação sobre si na Receita Federal (Antonio Cruz/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 19h11.

O ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta sexta-feira, 8, ao Estadão/Broadcast que a Receita Federal não pode ser convertida numa Gestapo, em referência à polícia do regime nazista que investigava e torturava opositores ao regime de Adolf Hitler. O ministro vê quebra de sigilo e uso político do órgão na apuração sobre possível lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio - e estuda processar os auditores fiscais responsáveis pela investigação.

"A Receita não pode ser convertida numa Gestapo ou num organismo de pistolagem de juízes e promotores", disse Gilmar à reportagem. "Agora, se eles fazem isso com ministro do STF, o que não estarão fazendo com o cidadão comum?", completou.

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Procurada, a Receita Federal disse que não comentaria as declarações do ministro.

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e ao secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, que adotem "providências cabíveis" em torno de uma apuração de auditores fiscais da Receita Federal sobre possíveis fraudes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência por parte de Gilmar Mendes e familiares.

O pedido de providências atende a pedido do próprio Gilmar Mendes, para quem não há nenhum fato concreto nos documentos obtidos pela coluna Radar, da Revista Veja.

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