Deputado Raul Jungmann pode assumir o ministério da Defesa (ABr/Arquivo)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2016 às 11h40.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2018 às 11h49.
São Paulo - O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) é o nome praticamente definido para o Ministério da Defesa no futuro governo Michel Temer, caso o Senado acate o pedido de impeachment e a presidente Dilma Rousseff seja afastada em meados de maio.
As chances do parlamentar se consolidaram principalmente depois que o senador Cristovam Buarque (DF), também do PPS e pernambucano, descartou publicamente a ida para o Ministério da Cultura em entrevista à Rádio Estadão.
Sem Buarque, Jungmann passou a ser o único nome do partido no páreo para ocupar o primeiro escalão do novo governo.
Ex-ministro da Reforma Agrária e ex- presidente do Ibama no governo Fernando Henrique Cardoso, Jungmann estudou e acompanhou de perto assuntos ligados à Defesa, tanto no Congresso Nacional quanto em contato direto com o ex-ministro da área nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, seu amigo Nelson Jobim, responsável por ter implementado o ministério na prática.
Jobim era o preferido por Temer para voltar à pasta da Defesa, mas preferiu ficar fora do novo governo, alegando, por exemplo, que sua atuação como advogado-consultor de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato poderia dar munição a adversários do vice e dele próprio.
Ouvido, o ex-ministro acertou que dará apoio ao governo como membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão", e apoiou o nome de Jungmann "com entusiasmo", segundo articuladores políticos.
A intenção de Temer é manter os atuais comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que vêm sendo consultados informalmente sobre os nomes cotados para a Defesa, inclusive o de Jungmann. Eles têm o compromisso de não se meterem em questões políticas, nem assumir qualquer lado.
Na quinta-feira, Temer se reuniu com o senador Cristovam Buarque e com o deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS. O senador, que foi ministro da Educação de Lula, era cotado para a pasta da Cultura. "Não farei parte do governo Temer. Se for chamado, direi não, afirmou o parlamentar à Rádio Estadão, ontem (29).