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Questionada sobre processos de Marçal na Justiça, Cármen Lúcia diz que não fala sobre candidatos

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda disse que é juíza de todo o Brasil, o que a impede de fazer qualquer comentário sobre os políticos

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 6 de outubro de 2024 às 14h49.

Última atualização em 6 de outubro de 2024 às 14h52.

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, afirmou neste domingo, 6, que não fala sobre qualquer candidato porque é juíza de todo o Brasil. A magistrada respondeu ao questionamento da EXAME sobre os processos que tramitam na Justiça contra o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB).

"Eu não falo sobre candidato algum porque sou juíza do Brasil inteiro", afirmou a atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Marçal teve a conta no Instagram suspensas por 48 horas no último sábado, 5, pela Justiça Eleitoral de São Paulo após divulgar um laudo apócrifo que aponta que o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), também candidato à prefeitura de São Paulo, é dependente químico.

O magistrado determinou ainda que outros perfis de Marçal que sejam utilizados para propagar o laudo falso sejam suspensos. Outros perfis da campanha que sejam utilizados para a mesma finalidade, também devem ficar indisponíveis.

Intimação do STF

Além de ter o Instagram suspenso pela Justiça Eleitoral de São Paulo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intimou no último sábado, 5, Marçal a depor em 24 horas por "uso sistemático" do X (antigo Twitter) após o bloqueio.

Segundo a decisão de Moraes, obtida pela EXAME, a Polícia Federal encaminhou ao magistrado um relatório que confirma o uso da rede social pelo candidato.

O magistrado ainda afirmou que, em tese, a conduta de Marçal caracteriza abuso do poder econômico e no uso indevido dos meios de comunicação, sendo grave a afronta à legitimidade e normalidade do pleito eleitoral, podendo acarretar a cassação do registro ou do diploma e inelegibilidade.

Além de intimar Marçal, Moraes encaminhou a decisão e o relatório da Polícia Federal a presidente do TSE, Cármen Lúcia.

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