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Quatro chapas disputam reitoria da USP

Três delas são encabeçadas por professores que integram a administração de João Grandino Rodas, o atual reitor


	Estudantes da USP ocupam o prédio da Reitoria: o DCE, a Associação de Docentes e o Sindicato dos Trabalhadores da USP não manifestaram apoio a nenhum candidato
 (Marcelo Camargo/ABr)

Estudantes da USP ocupam o prédio da Reitoria: o DCE, a Associação de Docentes e o Sindicato dos Trabalhadores da USP não manifestaram apoio a nenhum candidato (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 08h54.

São Paulo - Quatro chapas concorrem à gestão da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) - três delas encabeçadas por professores que integram a administração de João Grandino Rodas, o atual reitor, que mantém discrição sobre o candidato preferido.

O Diretório Central de Estudantes, a Associação de Docentes e o Sindicato dos Trabalhadores da USP não manifestaram apoio a nenhum candidato.

O último diretor da Escola Politécnica, José Roberto Cardoso, e o último vice-reitor, Hélio Nogueira da Cruz, já articulavam as candidaturas há meses.

Vahan Agopyan, da pró-reitoria de Pós-Graduação , abriu mão de concorrer à vaga para ser vice na chapa liderada por Marco Antonio Zago, que chefiava a pró-reitoria de Pesquisa. Zago é o único da lista a tentar o cargo pela primeira vez.

A surpresa na disputa é Wanderley Messias da Costa. Segundo ele, que assume discurso de continuidade, sua candidatura foi articulada nos últimos 15 dias por um grupo de professores da gestão Rodas e outras lideranças docentes dos câmpus do interior, como a ex-reitora Suely Vilela. Todos tiveram que deixar os cargos de direção ou chefia para concorrer.

O resultado da consulta informativa, sem caráter decisório, a todos os alunos, funcionários e professores da USP será divulgada em 14 de dezembro, cinco dias antes da eleição.

Propostas

Descentralizar a estrutura de poder, incrementar os cursos de graduação e internacionalizar a universidade são propostas comuns aos candidatos. Outro ponto de preocupação é o equilíbrio orçamentário da USP, que tem usado reservas financeiras para pagar os salários de professores e funcionários.


Os candidatos defendem a política de bonificação, mas não cogitam adotar cotas.Veterano nos setores administrativos da universidade, Hélio Cruz aposta em sua experiência como diferencial. "Não é trabalho para principiante. A administração da USP é tema para profissional", ressalta. Para Cruz, seria importante investir em projetos acadêmicos, após a série de obras e reformas conduzidas por Rodas. Ele também defende a ampliação de projetos interdisciplinares.

Embora reconheça avanços, José Roberto Cardoso é um dos mais críticos à atual gestão e se queixou dos problemas recorrentes de comunicação entre reitoria e unidades. "Queremos acabar com a política do ‘toma lá, dá cá’, de alguns privilegiados", afirma. Uma de suas plataformas é a modernização dos cursos e laboratórios e aprimoramento do ensino a distância. "Do tripé pesquisa, ensino e extensão, só a primeira teve investimentos adequados".

Marco Antonio Zago também quer priorizar a graduação, com uso de tecnologias, treinamento de docentes e combate à evasão, que tem índices superiores a 20%. "O formato de ensino é ultrapassado, apesar de iniciativas pontuais", afirma. Ele ainda propõe parcerias com grupos de pesquisa estrangeiros para incentivar intercâmbios e mais aproximação com a sociedade, como na formação de professores de formação básica.

Wanderley Costa pretende ser o primeiro docente da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas a comandar a USP. Segundo ele, a facilidade de articular atores internos e externos à universidade é uma vantagem. "Além da experiência de gestor, tenho um bom perfil de diálogo", destaca. Uma de suas propostas é criar uma assessoria especial para questões comunitárias, associativas e sindicais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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