PT do Rio decide sábado se deixa governo Cabral
Partido deverá decidir se deixa governo de Sérgio Cabral para lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias a governador
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 19h22.
Rio - O PT do Rio começou nesta terça-feira, 14, a convocar seus dirigentes estaduais para uma reunião do Diretório Regional no próximo sábado, na qual finalmente decidirão se o partido deixa o governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB) para lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias a governador.
A convocatória circulou no partido um dia após o almoço do comando estadual do PMDB com o vice-presidente, Michel Temer. No encontro, o partido pediu que Temer intervenha junto ao PT nacional para obrigar sua seção fluminense a apoiar a candidatura de Luiz Fernando Pezão ao Palácio Guanabara.
No momento, a prioridade de Cabral é evitar o desembarque do PT da administração - o grupo de Lindbergh tenta a saída desde o segundo semestres de 2013, sem sucesso. Para segurar o PT no governo, o governo Cabral acenou até com o aumento da presença do partido na máquina estadual.
Um emissário de Cabral ofereceu aos petistas mais uma secretaria (além das duas atuais, Direitos Humanos e Ambiente) para que desistam da saída. O próprio governador pediu ao presidente regional petista, Washington Quaquá, que o PT fique, em encontro na semana passada.
Quaquá reafirmou a intenção de sair, mas prometeu a Cabral que o desembarque não terá ataques públicos. Nesta terça-feira, em reunião em São Paulo, o presidente do PT fluminense deverá dizer ao presidente nacional do partido, Rui Falcão, que a saída é inevitável. Lindbergh espera que o partido possa marcar um encontro, talvez antes do carnaval, para sagrá-lo candidato.
Talvez as coisas não sejam tão fáceis. O diretório regional petista está dividido. Um apelo de Falcão ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia levar o grupo de Quaquá, atualmente com a candidatura de Lindbergh, a mudar de posição e, alterando a correlação de forças, novamente adiar a saída.
Um pedido da presidente Dilma Rousseff a Lindbergh também poderia mudar drasticamente o cenário. A presidente tem sido alvo de ameaças de peemedebistas do Rio de Janeiro, que dizem que, se o PT lançar candidato próprio a governador do Rio, defenderão que o PMDB não apoie sua candidatura à reeleição para o Palácio do Planalto - uma postura de "independência".
Para petistas do Rio, trata-se de blefe. O PMDB do Rio não teria coragem, nem força, para se apartar da líder das pesquisas. No momento, sua prioridade seria ganhar tempo, mantendo o PT na aliança na esperança de Pezão melhorar seu desempenho nas pesquisas eleitorais, até agora discreto.
Mesmo uma aliança entre os dois partidos, como a proposta por Quaquá - com Lindbergh candidato a governador e Cabral a senador - é vista por petistas como problemática. O temor é que, em um quadro de eleição "aberta", com outras candidaturas fortes, como a do ex-governador Anthony Garotinho (PR), a presença de Cabral na chapa possa, devido à baixa popularidade do governador, levar à derrota na disputa pelo governo estadual.
Rio - O PT do Rio começou nesta terça-feira, 14, a convocar seus dirigentes estaduais para uma reunião do Diretório Regional no próximo sábado, na qual finalmente decidirão se o partido deixa o governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB) para lançar a candidatura do senador Lindbergh Farias a governador.
A convocatória circulou no partido um dia após o almoço do comando estadual do PMDB com o vice-presidente, Michel Temer. No encontro, o partido pediu que Temer intervenha junto ao PT nacional para obrigar sua seção fluminense a apoiar a candidatura de Luiz Fernando Pezão ao Palácio Guanabara.
No momento, a prioridade de Cabral é evitar o desembarque do PT da administração - o grupo de Lindbergh tenta a saída desde o segundo semestres de 2013, sem sucesso. Para segurar o PT no governo, o governo Cabral acenou até com o aumento da presença do partido na máquina estadual.
Um emissário de Cabral ofereceu aos petistas mais uma secretaria (além das duas atuais, Direitos Humanos e Ambiente) para que desistam da saída. O próprio governador pediu ao presidente regional petista, Washington Quaquá, que o PT fique, em encontro na semana passada.
Quaquá reafirmou a intenção de sair, mas prometeu a Cabral que o desembarque não terá ataques públicos. Nesta terça-feira, em reunião em São Paulo, o presidente do PT fluminense deverá dizer ao presidente nacional do partido, Rui Falcão, que a saída é inevitável. Lindbergh espera que o partido possa marcar um encontro, talvez antes do carnaval, para sagrá-lo candidato.
Talvez as coisas não sejam tão fáceis. O diretório regional petista está dividido. Um apelo de Falcão ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia levar o grupo de Quaquá, atualmente com a candidatura de Lindbergh, a mudar de posição e, alterando a correlação de forças, novamente adiar a saída.
Um pedido da presidente Dilma Rousseff a Lindbergh também poderia mudar drasticamente o cenário. A presidente tem sido alvo de ameaças de peemedebistas do Rio de Janeiro, que dizem que, se o PT lançar candidato próprio a governador do Rio, defenderão que o PMDB não apoie sua candidatura à reeleição para o Palácio do Planalto - uma postura de "independência".
Para petistas do Rio, trata-se de blefe. O PMDB do Rio não teria coragem, nem força, para se apartar da líder das pesquisas. No momento, sua prioridade seria ganhar tempo, mantendo o PT na aliança na esperança de Pezão melhorar seu desempenho nas pesquisas eleitorais, até agora discreto.
Mesmo uma aliança entre os dois partidos, como a proposta por Quaquá - com Lindbergh candidato a governador e Cabral a senador - é vista por petistas como problemática. O temor é que, em um quadro de eleição "aberta", com outras candidaturas fortes, como a do ex-governador Anthony Garotinho (PR), a presença de Cabral na chapa possa, devido à baixa popularidade do governador, levar à derrota na disputa pelo governo estadual.