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Projeto da ciclovia Tim Maia não previu impacto de ondas

Um trecho de 26 metros da ciclovia desabou no dia 21 de abril, durante forte ressaca no mar, deixando dois mortos

Ciclovia: nem o projeto básico fornecido pela prefeitura, nem o projeto técnico da empresa responsável pela obra previram o impacto de ondas na plataforma (Ricardo Moraes / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 17h42.

O projeto da Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, no Rio , não previu o impacto de ondas na plataforma. Com isso, os cálculos para evitar acidentes, caso isso ocorresse, não foram feitos.

Um trecho de 26 metros da ciclovia desabou no dia 21 de abril, durante forte ressaca no mar, deixando dois mortos .

A conclusão preliminar é da perícia criminal, divulgada hoje (4) pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli. De acordo com o chefe da engenharia do instituto, perito Liu Tsun, foi feita a previsão do impacto da maré no pilar, “tanto que ele ficou de pé”.

No entanto, nem o projeto básico fornecido pela prefeitura, nem o projeto técnico da empresa responsável pela obra previram o impacto de ondas na plataforma, construída sem amarrações nos pilares.

“Nós entendemos que isso deveria ter sido dimensionado, sim. Não houve amarração da viga no pilar. Somente o cálculo estrutural poderia prever se deveria ou não ser amarrado. Ou amarrar, ou aumentar o peso, ou colocar blocos. Nós não encontramos isso no projeto. O que foi calculado não previa a onda batendo na viga. É um erro, é grave”, disse.

Liu Tsun explica que o projeto foi executado de acordo com o previsto, mas, apesar de vários engenheiros terem analisado o trabalho, “ninguém pensou nessa hipótese”, que poderia ser solucionada de várias formas. “A falta da previsão do impacto das ondas foi primordial para o acidente”, garantiu.

Segundo o diretor do instituto, Sérgio William, o laudo ainda não está pronto e deve ser concluído até o começo da próxima semana.

A prefeitura informou que “continua à disposição da Polícia Civil para colaborar com as investigações” e que “o município aguarda a conclusão da perícia independente para se pronunciar”.

O laudo da prefeitura será feito pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias.

A prefeitura enviou os dados necessários para a avaliação do projeto nessa segunda-feira (2). O trabalho começou ontem e tem previsão de término de 30 dias.

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O projeto da Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, no Rio , não previu o impacto de ondas na plataforma. Com isso, os cálculos para evitar acidentes, caso isso ocorresse, não foram feitos.

Um trecho de 26 metros da ciclovia desabou no dia 21 de abril, durante forte ressaca no mar, deixando dois mortos .

A conclusão preliminar é da perícia criminal, divulgada hoje (4) pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli. De acordo com o chefe da engenharia do instituto, perito Liu Tsun, foi feita a previsão do impacto da maré no pilar, “tanto que ele ficou de pé”.

No entanto, nem o projeto básico fornecido pela prefeitura, nem o projeto técnico da empresa responsável pela obra previram o impacto de ondas na plataforma, construída sem amarrações nos pilares.

“Nós entendemos que isso deveria ter sido dimensionado, sim. Não houve amarração da viga no pilar. Somente o cálculo estrutural poderia prever se deveria ou não ser amarrado. Ou amarrar, ou aumentar o peso, ou colocar blocos. Nós não encontramos isso no projeto. O que foi calculado não previa a onda batendo na viga. É um erro, é grave”, disse.

Liu Tsun explica que o projeto foi executado de acordo com o previsto, mas, apesar de vários engenheiros terem analisado o trabalho, “ninguém pensou nessa hipótese”, que poderia ser solucionada de várias formas. “A falta da previsão do impacto das ondas foi primordial para o acidente”, garantiu.

Segundo o diretor do instituto, Sérgio William, o laudo ainda não está pronto e deve ser concluído até o começo da próxima semana.

A prefeitura informou que “continua à disposição da Polícia Civil para colaborar com as investigações” e que “o município aguarda a conclusão da perícia independente para se pronunciar”.

O laudo da prefeitura será feito pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias.

A prefeitura enviou os dados necessários para a avaliação do projeto nessa segunda-feira (2). O trabalho começou ontem e tem previsão de término de 30 dias.

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