Brasil

Professores municipais do Rio ocupam gabinete de Paes

Sindicato informou que, neste momento, luz e água estão cortadas no prédio e Tropa de Choque da PM está de prontidão para retirar a categoria do prédio

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 21h43.

Rio de Janeiro – Cerca de 50 profissionais da rede municipal de ensino, segundo o Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe), ocupam desde o início da tarde de hoje (20) o gabinete do prefeito Eduardo Paes, no centro administrativo da prefeitura, exigindo uma reunião com o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira.

Um pouco mais cedo, após assembleia no Clube Municipal, na Tijuca, em que a categoria se mostrou insatisfeita com o plano apresentado pela prefeitura, os profissionais decidiram pela retomada da greve.

O sindicato informou que, neste momento, luz e água estão cortadas no prédio e a Tropa de Choque da Polícia Militar está de prontidão para retirar a categoria do prédio a qualquer momento. No último dia 10, a categoria decidiu encerrar a greve e aguardar a entrega do plano de carreira unificado na segunda-feira (16) pela prefeitura.

A coordenadora-geral do Sepe, Marta Moraes, disse que os profissionais rejeitaram completamente o plano por entender que o prefeito não cumpriu nenhuma das promessas ao elaborar o plano. “Exigimos que o prefeito retire este projeto de votação, este plano acaba com a carreira. Ele não cumpriu o que assinou sobre o plano de carreira unificado, não cumpriu a progressão por tempo de serviço e por formação”, explicou.

A prefeitura, que não se posicionou sobre a ocupação, limitou-se a informar, em nota, que lamenta a decisão da categoria em voltar com a greve, prejudicando os alunos, acrescentando que "cumpriu todos os acordos estabelecidos em negociação com o Sepe, inclusive tendo encaminhado à Câmara o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, o maior dos pleitos da categoria".

Depois do ato em frente à prefeitura, parte dos profissionais da rede municipal seguiram em passeata nesta tarde pela Avenida Presidente Vargas para apoiar os professores da rede estadual que estavam na Avenida Rio Branco. Após a passeata, a rede estadual decidiu em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) pela continuidade da greve.

Os grevistas atearam fogo em bonecos que representavam o prefeito da cidade, o governador Sérgio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e o secretário estadual de educação, Wilson Risolia.

Para Marta Moraes, o governo não pode culpar os grevistas pela atual situação, afirmando que, se o governador se importasse com o estado, teria recebido os profissionais de educação para negociação. “Como é que um governador não negocia com a categoria? Se a greve continua, tem que cobrar do Pezão e do Cabral. Os pais que estão preocupados com reposição de aulas devem cobrar dos dois. Eles não querem negociar em absoluto desrespeito com os professores e com a população. Em vez de estarem preocupados em cobrar multas, deveriam estar preocupados com a educação”, disse.

A Secretaria Estadual de Educação lamenta a decisão do Sepe em continuar com a paralisação e diz que “desde o dia 6 de setembro o Sepe está sendo multado em R$ 300 mil por dia por descumprimento de decisão judicial que determinou a suspensão do movimento”.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo PaesEducação no BrasilGrevesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitos

Mais de Brasil

Mudanças climáticas vão agravar desafios no abastecimento de água até 2050, diz estudo

G20: Brasil reafirma meta de sair do Mapa da Fome até 2026, diz ministro

União e PSD definem derrota para o governo no Senado em votação de emendas, veja placar

Senado exclui possibilidade de bloqueio de emendas e desobriga a destinação de verbas para a saúde